Teatro Margarida Ribeiro, na BA, é fechado


Teatro foi fechado na última sexta-feira (3) pela Fundação Municipal de Tecnologia da Informação e Telecomunicações Egberto Tavares Costa. Teatro Margarida Ribeiro é fechado
Divulgação/ACM-PMFS
O Teatro Municipal Margarida Ribeiro, em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, foi fechado na última sexta-feira (3) pela Fundação Municipal de Tecnologia da Informação e Telecomunicações Egberto Tavares Costa. De acordo com o presidente da fundação, Antônio Carlos Coelho, a decisão foi tomada devido ao abandono do espaço e problemas estruturais e elétricos que oferecem risco ao público.
Ainda segundo Antônio Carlos para a TV Subaé, afiliada da Rede Bahia, um diagnóstico feito no local identificou que a iluminação cênica apresenta risco de incêndio. Além disso, outras demandas físicas também contribuíram para a interdição. A Superintendência de Obras e Manutenção da prefeitura está analisando a situação, mas ainda não há prazo para que o teatro seja reaberto.
História do Teatro Margarida Ribeiro
O Teatro Margarida Ribeiro foi inaugurado em novembro de 1982, após o então prefeito José Raimundo de Azevêdo transformar o auditório do Colégio Monteiro Lobato em um espaço cultural, atendendo a pedidos da classe artística local.
Localizado no bairro Capuchinhos, o teatro passou por longos períodos de desativação. Entre 1997 e 2007, ficou fechado para espetáculos, sendo utilizado apenas para ensaios e oficinas até 2003. Em setembro de 2008, foi reinaugurado com reformas que incluíram melhorias na estrutura física e novos equipamentos de sonorização e iluminação cênica.
Atualmente, o teatro conta com sistema de refrigeração, 258 poltronas, espaços adaptados para pessoas com deficiência, palco de 10 metros por 8,5 metros, dois camarins e bilheteria.
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O teatro leva o nome de Margarida Ribeiro, atriz e ativista política de Feira de Santana. Margarida ficou marcada por sua atuação cultural e social na cidade e por sua participação no XXX Congresso da UNE, realizado clandestinamente em 1968, quando foi presa pelo DOPS.
Ela também estrelou diversas peças teatrais na década de 1960, como “O Boi e o Burro a Caminho de Belém” e “Pinóquio”. Margarida faleceu em 1975, vítima de um acidente automobilístico, enquanto estudava na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
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