Leonel Pinho: adeus ao navegante que desbravou sonhos e rios na Amazônia paraense

Na vastidão da Amazônia, onde os rios desenham estradas no coração do Brasil, uma figura se destacou não apenas pelo amor à navegação, mas pela arte de inspirar. Leonel Amador de Pinho, nascido em 16 de junho de 1948, partiu na madrugada desta terça-feira (7), deixando para trás um legado tão profundo quanto os rios que ele explorava.

 

Leonel era mais que um empresário náutico. Ele era um visionário, um incentivador de aventuras de barcos e um embaixador das águas amazônicas. À frente da Direct Jet, concessionária náutica referência no Norte do país, ele não apenas comercializou embarcações e motos aquáticas — ele transformou sonhos em realidade.

Foto: Otto Aquino

Belém, sua eterna morada, foi testemunha de suas jornadas. Não eram apenas passeios ou expedições; eram experiências que conectavam pessoas à natureza e à grandiosidade dos rios. Quem participou dos passeios náuticos organizados pela Direct Jet sabe que Leonel tinha o dom de unir adrenalina e contemplação.

 

Ele mostrava que navegar não era apenas deslocar-se sobre a água, mas fluir com ela, respeitá-la e entendê-la.

Em cada conversa, Leonel exalava paixão. Falar de barcos era falar de vida, e a vida para ele era feita de desafios e conquistas. Organizava eventos com dezenas — às vezes centenas — de motos aquáticas, cruzando rios caudalosos, enfrentando correntes e, acima de tudo, celebrando o amor pelos rios da Amazônia.

 

Seu carisma era tão grande quanto sua ousadia. Ele acreditava no potencial do Pará como polo náutico e trabalhou incansavelmente para que a região fosse reconhecida. Leonel fazia mais do que vender equipamentos; ele vendia o conceito de liberdade. Era como se, ao adquirir uma moto aquática, o cliente recebesse também o convite para explorar o mundo sob outra perspectiva: aquela que só as águas podem oferecer.

Foto: Otto Aquino

Ao lado de seu filho Marcelo Pinho, Leonel ampliou horizontes. Juntos, pai e filho criaram não apenas eventos, mas laços. A relação deles era um reflexo da filosofia de Leonel: estar próximo, compartilhar experiências, construir memórias.

 

Hoje, as águas estão ainda mais silenciosas. O rugido das motos aquáticas ecoará com saudade, mas também com a certeza de que Leonel vive em cada passeio, em cada rio, em cada história que ele ajudou a escrever.

Leonel Pinho e o filho, Marcelo Pinho. Foto: Otto Aquino

Leonel Pinho não era apenas um empresário náutico; ele era um navegante de sonhos. Seu legado estará para sempre ancorado nos corações daqueles que tiveram a sorte de cruzar seu caminho. E, assim como os rios nunca param de correr, sua inspiração continuará fluindo.

 

Bon voyage, Leonel. Que as águas que agora te recebem sejam tão grandiosas quanto as que você tanto amou.

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