“Descer para BC” está cada vez mais complicado

Foto: Luiz Carlos Souza/Divulgação

 

 

Entra ano e sai ano e uma coisa não muda: as condições deploráveis das rodovias catarinenses que não dão condições aos motoristas para ir e vir com tranquilidade.

 

De acordo com o governo do Estado, são esperados mais de 3,1 milhões de turistas até março em Santa Catarina, ou seja, o movimento tende a aumentar neste pós-festas, mas quem quiser aproveitar as praias terá que ter muita paciência, ou uma casa no litoral e tempo suficiente para não precisar entrar na estatística das filas da “volta pra casa”.

 

Para “descer para BC” está cada vez mais complicado. Tanto que o governador Jorginho Mello (PL) admitiu em entrevista, na última semana, que é urgente a necessidade de criação de terceiras faixas na BR-101 Norte, principalmente no trecho entre Navegantes e Itapema. Ele informou ainda que tem solicitado ao governo federal que autorize a execução de obras pela Arteris Litoral Sul, dentro do projeto de repactuação do contrato de concessão. De qualquer forma, essa constatação só foi feita agora?

 

Olha, que não estamos falando de um aumento de fluxo de veículos ocorrido de uma hora para outra, mas de um fato que é previsto, estudado e mapeado por autoridades que esperam o problema – no caso filas quilométricas como as do último domingo e desta segunda-feira, 6 – acontecer para se manifestarem.

 

Se não é novidade, por que não tomaram as devidas providências ao longo do ano? E será que tomarão, visto que a probabilidade de que na próxima temporada – ou mesmo nos próximos feriados – é que a situação esteja na mesma?

 

Durante o último ano, muito se falou em melhoria das rodovias para escoamento de produção, aumento da competitividade do Estado e etc. Ou seja, não é só um capricho de Verão, mas algo que compromete gravemente a economia do Estado. Até quando nada será feito?

 

Ilha do Campeche continua nas mãos dos mesmos

Em outubro de 2024, o então presidente da Câmara Municipal de Florianópolis – que foi reeleito este ano -, João Cobalchini, entrou com um agravo no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) para derrubar a decisão do Ministério Público e permitir o acesso à Ilha do Campeche por outros meios que não as poucas embarcações vinculadas às quatro associações que detinham esta permissão há mais de 20 anos. Elas cobravam R$ 200 para acessar o local, sendo que destes, somente R$ 6 eram convertidos em medidas de sustentabilidade. O restante, seria lucro. A ideia é que nesta temporada a Prefeitura de Florianópolis fosse responsável pela gestão da Ilha, tanto no acesso quanto na manutenção. O limite seria de 800 visitantes por dia.

 

Mas o que se vê, hoje, durante a temporada, é que, de fato, nada mudou. As associações autorizadas continuam as mesmas a explorar o turista, assim como o valor de R$ 200. Em dezembro, a Prefeitura de Florianópolis chegou a publicar um decreto com regras para acesso ao local e abrindo para outras embarcações. Porém, até agora ele ainda não é válido.

 

PSD em BC

Nomes do mais alto escalão do PSD catarinense estiveram no último final de semana em Balneário Camboriú para um desfile na Planetapéia (um dos carros da Oktoberfest) pela principal avenida da cidade. João Rodrigues, prefeito reeleito de Chapecó e candidato ao governo em 2026, Juliana Pavan, prefeita de BC, e seu pai, Leonel Pavan, prefeito eleito de Camboriú, Liba Fronza (PSD), prefeito de Navegantes. Além do deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD), do senador Esperidião Amin (PP) e até o empresário Luciano Hang (Havan) estiveram no evento, que pode ser interpretado como uma prévia do que está por vir em 2026, quando PSD e PL devem se enfrentar pelo Governo do Estado.

 

É pouco provável que os dois partidos venham a compor uma mesma chapa, como aconteceu na Capital, por exemplo, com o prefeito Topázio Neto (PSD) e a vice, Maryanne Mattos (PL). Até porque a harmonia que reina em Florianópolis pode não significar muito, já que nos bastidores andam cogitando a ida de Topázio para o PL.

 

E pelo perfil de Jorginho e João, é pouco provável que um dos dois vá querer ser coadjuvante para o outro. Ainda tem muita coisa pra acontecer nos próximos dois anos.

 

Novo ano, novas cadeiras

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina passa a contar com dois novos parlamentares a partir deste ano. Maurício Peixer e Alex Brasil, ambos do PL, assumem as vagas de Soratto e Massocco, também do PL, que deixaram o Parlamento estadual para tomar posse como prefeitos de Tubarão e Concórdia, respectivamente. Peixer e Brasil se juntam a Junior Cardoso (PRD), que já havia assumido uma cadeira na Alesc no mês passado, no lugar de Delegado Egídio (PL), que renunciou em 18 de dezembro para assumir a Prefeitura de Blumenau, para a qual foi eleito em outubro do ano passado. Com isso, os três deixam a condição de suplentes e passaram a ser titulares dos mandatos de deputado.

 

Maravilha

O DNIT assinou a ordem de serviço para o início das obras de construção de vias marginais na BR-282/SC, em Maravilha, no Oeste de Santa Catarina. Com recursos do Governo Federal, o investimento de R$ 40 milhões contempla 3,4 quilômetros de extensão da rodovia. Além das ruas laterais, as intervenções no trecho entre o km 604,3 e o km 607,7 incluem a construção de uma ponte sobre o Rio Iracema, ciclovia, dispositivos de retorno e acessos para os motoristas, rótula alongada, canteiro, pavimentação e sinalização. A implantação das vias marginais permitirá a separação entre o trânsito local e o tráfego de longas distâncias, aumentando a segurança dos mais de sete mil motoristas que utilizam a BR-282/SC diariamente. O prazo para conclusão das obras é de 18 meses.

 

A BR-282/SC é um dos principais corredores logísticos de Santa Catarina, cruzando o estado de leste a oeste ao longo de mais de 600 quilômetros.

 

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