Em entrevista exclusiva, Sérgio Moraes adianta que fará reforma administrativa

O primeiro dia útil de atuação do governo Sérgio Moraes/Alex Knak começou com reunião do secretariado. Foi um momento de apresentação de equipe, mas também para mostrar a linha de trabalho do prefeito. “Serviu para tirar a sensação que tive, há anos, de que cada secretaria é uma Prefeitura, mas não é assim. A secretaria é um braço da Prefeitura”, destacou o chefe do Executivo, que concedeu entrevista exclusiva à Rádio Gazeta FM 107,9 no gabinete do Palacinho.

Moraes reforçou que não deve haver disputa interna, sendo o trabalho realizado em parceria. E fez uma solicitação aos secretários. “Pedi para atendermos os vereadores de forma clara, com a realidade, porque também foram eleitos e não importa o partido, se é de oposição ou situação”, frisou.

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Durante a conversa com a equipe da Gazeta, o prefeito defendeu a avaliação de obras que estão projetadas, como o calçadão da Marechal Floriano e a rua coberta na Borges de Medeiros. Acrescentou o interesse em realizar nova licitação para a duplicação da BR-471 e agir ativamente para a redução da fila de espera por cirurgias. Adiantou que a relação com a Aegea pode virar uma guerra.

Rádio Gazeta – Como foi organizada a equipe de governo?

Sérgio Moraes – Foi decidida de maneira muito técnica. Quase que na totalidade os secretários são formados, com curso superior na área específica. Tem secretaria que precisa de corpo técnico, mas também de corpo político. Um exemplo é o Carlão Smidt, que assume uma secretaria técnica, com engenharia, máquinas, mas precisa de um político, porque as pessoas ligam para lá, com razão, e precisa ter um político para conversar com as pessoas, marcar conversa, buscar a resolução do problema. Nosso eixo principal é a saúde, em que estamos com o secretário Rodrigo Rabuske trabalhando. Queremos, com o Ministério Público, com o Judiciário, encontrar uma maneira de resolver o problema da fila de espera para cirurgias. Conversaremos com hospital, com a Unisc, e terá momento para isso. O segundo ponto é o fornecimento da água. Temos um contrato, que foi feito para privilegiar a empresa e não o santa-cruzense. Vamos jogar duro. Vai se instalar uma guerra. Estamos prontos para essa batalha.

Como o senhor avalia o superávit deixado pela administração anterior?

Primeiro, vamos ver o que é superávit de fato. Deputados como o Marcelo Moraes, o Heitor Schuch, remeteram valores para fazer obra. Ela não foi realizada e o dinheiro está ali dentro. Não é superávit. Tem um caminho. Quero saber o que é superávit mesmo, o que é livre para eu encostar na saúde e dar uma resposta mais imediata. Quando cheguei na Prefeitura [há 28 anos], não existia dinheiro. Se tiver um pouco, já é o bastante para fazer um bom trabalho.

Algumas obras não foram iniciadas, mas já anunciadas. Como o governo deve agir, nesses casos?

Todas as obras de interesse da comunidade serão analisadas. A quadra coberta em rua de desnível [Borges de Medeiros], não acredito que vá dar certo. Temos que rever esse ponto, chamar a comunidade, com calma. As obras da 471, vamos fazer uma nova licitação, com muita transparência. O viaduto está andando muito devagar e queremos ver o que está motivando essa morosidade.

O senhor deve dar continuidade ao condomínio habitacional no Bairro Aliança? E sobre as obras preventivas em relação aos efeitos dos eventos climáticos?

O povo do Bairro Várzea sabe, eu sei e vocês da imprensa sabem que contra a força da água não existe como segurar. O que pode é amenizar em chuvas baixas; quando vem enchente como veio em maio, vai inundar sempre. Quando era prefeito, já era polêmica essa situação. Estive na Secretaria de Meio Ambiente e um servidor me mostrou foto em que a água alcançava o Salão Braun, que hoje é o portão da Unisc. Imagina se acontece de novo. Isso é força extrema, não temos como lutar com uma força dessas. Prefeito, prefeita ou governador, não tem como lutar. Temos obras paliativas e vamos realizar. A associação de moradores me procurou e eu estive lá, deram sugestões e vamos atendê-las, porque eles é que sabem mais do que nós de onde vem a água. Sobre o condomínio, a prefeita [Helena Hermany] disse que está licitado o conjunto habitacional. Vamos acelerar para que as famílias sejam contempladas com suas residências.

O programa de médicos em domicílio deve ser restabelecido? Como deve proceder em relação à UPA Central?

Médicos em domicílio serão mantidos. Pessoa com o filho deficiente tem que ter o carinho do poder público. Temos que olhar muito mais para esses necessitados do que os demais da comunidade, que podem buscar atendimento de forma tranquila. Sobre a UPA, tem duas informações: do Ministério [da Saúde] dizendo que não existe solicitação de instalação, enquanto a prefeita e o grupo que estava aqui afirmam que a solicitação existe e precisa quatro meses para dar o aval. Vamos manter o atendimento com coerência. Não adianta termos uma UPA de mentirinha. Ou é UPA ou não é UPA.

Como o governo vai agir em relação às subprefeituras e aos serviços no interior?

Hoje, todas elas têm deficiência de máquinas. É muita extensão de estradas e o maquinário não suporta atender. Tenho ideia de uma grande equipe terceirizada para fazer o bruto nessas comunidades e a subprefeitura faz a manutenção. Nosso interior precisa ser atendido, porque se os nossos colonos cruzarem os braços, a folha do Município não sai e o comércio fecha. A força vem do interior.

O senhor continuará atendendo no gabinete do Palacinho ou mudará, como em outros governos?

Ficarei uns dias por aqui até me localizar bem da situação. Tem o Centro Administrativo, que foi iniciado pela Kelly [Moraes], a Helena continuou e vou concluir. Em menos de um ano vamos, de forma definitiva, para lá.

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