Você sabia que o Ano Novo já foi em março? Veja curiosidades sobre data


Festa acontecia no início da primavera no hemisfério norte. Mudança para janeiro aconteceu após criação de novo calendário romano e católico. Pintura do Papa Gregório 13, responsável por instituir o calendário gregoriano.
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Se você voltasse alguns séculos no tempo para o mês de janeiro, o Ano Novo ainda estaria um pouco distante. O motivo é que a celebração acontecia no mês de março.
Tudo mudou com a criação de um novo calendário pelos romanos e pelos católicos (entenda mais abaixo). 📆🤔
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Em entrevista ao g1, Francisco Thiago Silva, historiador e professor da Universidade de Brasília (UnB), explica que a origem do réveillon é anterior ao cristianismo.
👉 Povos como os persas, fenícios, assírios e os gregos já realizavam celebrações para marco de um novo ano.
👉 A celebração em 1° de janeiro só foi criada pelos romanos em 46 a.C., e reforçada no século 16 pela Igreja Católica. Antes, a festa acontecia em março porque o mês marca o início da primavera no hemisfério norte.
De março para janeiro
Estátua representa o imperador Júlio César de Roma
Getty Images via BBC
O professor Francisco Thiago Silva destaca que o mês de janeiro foi criado pelos romanos, no século 8 a.C., para homenagear Jano – deus da mitologia romana que representa começos e mudanças.
Mas a celebração da passagem de ano pelos romanos era feita no início da primavera, que é em março no hemisfério norte.
No século 2 a.C., devido a conflitos com o povo Celtiberos, e questões que envolviam o exército romano, foi defendida a mudança da data para janeiro. Apenas em 153 a.C., o senado romano aprovou a alteração, mas mesmo assim, muitos continuaram seguindo com a tradição no mês de março.
Em 46 a.C., o calendário romano foi substituído pelo calendário juliano – feito em homenagem ao imperador Júlio César. O novo calendário instituiu o início do ano em 1° de janeiro.
O Ano Novo em 1° de janeiro também foi oficializado pelo Papa Gregório 13, através da criação do calendário gregoriano no século 16.
🔎 Esse calendário, que ajustava o ano civil ao período em que a Terra completava sua volta ao redor do Sol, é utilizado até os dias atuais por muitos países.
Mudança teve resistência
O historiador Francisco Thiago Silva explica que mesmo com a cristianização da Europa, em certos lugares a nova data não foi bem aceita. Ela soava como “afronta”, porque janeiro faz homagem a um deus pagão.
“Não foi um processo tão simples, isso demorou. Houve uma resistência muito grande”, diz o professor.
🔎 Britânicos seguidores da Igreja Anglicana, por exemplo, só oficializaram a data em 1752.
Para diferentes povos
Muçulmanos na Indonésia participam de um desfile de tochas elétricas durante a celebração do Ano Novo Islâmico em 31 de agosto de 2019.
Eko Siswono Toyudho Anadolu Agency, Getty Images
O Ano Novo segue sendo diferente para diferentes povos. Chineses, judeus e mulçumanos, por exemplo, não celebram a data em 1° de janeiro.
“O que é comum na maioria das culturas é de fato o balanço do que se passou e as projeções das boas energias, dos planejamentos. Isso marca muitos povos do ocidente e do oriente, independentemente da data em que se comemora”, diz o historiador.
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