Presidente do Corinthians é indiciado por lavagem e contrato com facção ligada ao PCC

A denúncia contra o presidente do Corinthians, Augusto Melo, escancarou uma rede de relações perigosas entre o clube, uma patrocinadora do setor de apostas e a maior facção criminosa do país. O caso envolve repasses milionários, contratos suspeitos e movimentações financeiras ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo inquérito da Polícia Civil de São Paulo.

Pontos Principais:

  • Augusto Melo foi indiciado por lavagem de dinheiro, furto qualificado e associação criminosa.
  • A polícia detectou desvios de valores do contrato entre o Corinthians e a VaideBet.
  • Parte do dinheiro teria sido enviado a empresas ligadas ao PCC, segundo a investigação.
  • A patrocinadora rompeu o contrato e o presidente enfrenta um processo de impeachment.

No centro do escândalo está o contrato de patrocínio firmado entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet. A investigação descobriu que parte do montante, cerca de R$ 870 mil, foi desviado para a empresa UJ Football Talent Intermediação, citada por um delator como informalmente controlada por membros do PCC.

Augusto Melo com o boné da VaideBet - Foto: Jozzu/Ag. Corinthians
Augusto Melo com o boné da VaideBet – Foto: Jozzu/Ag. Corinthians

O nome de Vinícius Gritzbach, apontado como delator do PCC e assassinado em 2024, aparece como peça-chave na conexão entre o mundo do futebol e o crime organizado. Ele teria revelado o vínculo da empresa beneficiada com integrantes da facção. A movimentação financeira suspeita ocorreu em datas nas quais o intermediário Alex Cassundé esteve fisicamente na sede do clube.

A Polícia Civil baseou parte de sua apuração em registros de localização e dados bancários. Cassundé, que negociou o contrato com a VaideBet, esteve presente no CT do Corinthians no mesmo dia das transações financeiras consideradas suspeitas.

O caso se agravou com depoimentos contraditórios. Augusto Melo, Marcelo Mariano e Sérgio Moura deram versões distintas sobre como se deu a intermediação do contrato, o que elevou o grau de suspeita sobre o presidente e outros dirigentes ligados à gestão atual.

Com o avanço da apuração e a repercussão negativa, a VaideBet decidiu romper o contrato com o clube em junho de 2024, alegando descumprimento de cláusulas anticorrupção. O rompimento causou prejuízo financeiro e institucional ao clube.

A turbulência interna culminou na abertura de um processo de impeachment contra Augusto Melo. A votação no Conselho Deliberativo foi agendada para o dia 26 de maio, e o clima nos bastidores do clube é de tensão e disputa política intensa.

Fonte: CNN e G1.

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