Saiba quem é Dominique Mamberti, o cardeal que proclamará ‘Habemus papam’ ao mundo


Francês nascido no Marrocos, foi nomeado por Francisco e só não desempenhará a tarefa de anunciar o novo pontífice se for ele o escolhido. O cardeal Dominique Mamberti (à esquerda)
REUTERS/Guglielmo Mangiapane
Saiu a tão esperada fumaça branca pela chaminé da Capela Sistina? A atenção se voltará para o cardeal Dominique Mamberti, a quem caberá proclamar, da sacada da Basílica de São Pedro, a clássica expressão “Habemus papam” – “Temos um papa” -, e apresentar ao mundo o novo chefe da Igreja Católica.
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Só há uma chance de o cardeal Mamberti não desempenhar a tarefa que lhe é designada como o diácono mais antigo do colégio eleitoral — a de ser ele o pontífice eleito.
Assim como Jorge Bergoglio em 2013, Mamberti não consta das principais listas de vaticanistas como cotado para comandar o rebanho de 1,4 bilhão de católicos, mas a imprevisibilidade atua também como uma das marcas dos conclaves.
Nesse caso, o novo Papa seria anunciado pelo italiano Mario Zenari, atual núncio apostólico na Síria, o segundo por ordem de nomeação.
A missão confiada a Mamberti é automática. Em outubro passado, ele tornou-se o mais antigo cardeal da Ordem dos Diáconos, uma das três que compõem o Colégio dos Cardeais.
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Francês nascido há 73 anos no Marrocos, ele foi criado na Córsega e é, desde 2014, o prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica.
Mamberti trabalhou no serviço diplomático da Santa Sé, tendo ocupado cargos em Argélia, Chile, Nova York, Sudão, Somália e Eritreia, sob o Pontificado de João Paulo II.
O Papa Bento XVI o trouxe de volta a Roma, como secretário para as Relações com os Estados, cargo equivalente ao de chanceler.
Com Francisco, ele foi alçado a cardeal em 2015, ocupando a chefia do mais alto tribunal de direito canônico do Vaticano.
Defende o diálogo entre religiões, a proteção aos imigrantes e a liberdade religiosa, assim como o direito à vida.
Mamberti é considerado discreto: manteve distância dos principais escândalos que afetaram a Igreja e não está ligado a grupos ideológicos que permeiam a instituição. Mas sua voz será inesquecível para os que anseiam conhecer quem é o cardeal que está sendo elevado a papa no interior da Capela Sistina.
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