Irmão de professor de canto entrega à polícia vídeos de alunas bebendo suposto ‘chá’ com sêmen

Hallan Richard Morais está preso suspeito de tentativa de violação sexual em Luzimangues — Foto: Divulgação/Portal Agência Tocantins

O irmão de Hallan Richard Morais, entregou à polícia um aparelho que supostamente armazenava os vídeos das alunas ingerindo o suposto ‘chá’ com sêmen. O professor de canto oferecia o líquido às alunas, alegando que era para melhorar as cordas vocais, segundo a Polícia Civil. Além dos vídeos das vítimas, foram encontrados conteúdos pornográficos com mulheres e crianças em Luzimagues, Distrito de Porto Nacional, onde o suspeito mora com a família.

O professor está preso desde a última sexta-feira (25) e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia realizada neste domingo (27). Foi solicitado um posicionamento à Defensoria Pública, que faz a defesa dele, mas não teve resposta até a última atualização desta reportagem.

O HD externo foi entregue na Central de Atendimento à Mulher, em Palmas, no sábado (26). Conforme o Termo de Declaração, que o g1 teve acesso, o irmão contou à delegada que fez buscas pelo quarto do professor, que mora com os pais, e encontrou o dispositivo em uma escrivaninha.

Ao verificar o aparelho de armazenamento, o familiar identificou que havia pelo menos quatro vídeos de mulheres ingerindo o líquido. Também encontrou um vídeo do professor se masturbando e filmando crianças em um lote, além de fotos de mulheres em vários locais de Luzimangues.

Segundo o documento, o irmão informou que havia várias pastas no HD com conteúdos ilícitos. O caso será investigado pela 72ª Delegacia de Polícia do Distrito de Luzimangues.

Nota de repúdio da família

Nas redes sociais, a família do investigado publicou uma nota de repúdio afirmando que repudia as condutas ilícitas de Hallan Richard. “Ante a gravidade e reprovabilidade, bem como a repercussão do caso, a família atravessa um momento de grande sofrimento e se solidariza com as possíveis vítimas e seus familiares, com votos para que a justiça seja feita”.

O irmão, que é empresário, chegou a publicar uma outra nota informando que a menção de sua empresa na conta do Instagram de Hallan foi feita quando o professor prestou serviços em setembro e outubro de 2023, mas que desde aquela época ele estava afastado das atividades.

Violação sexual

O caso foi registrado na noite desta sexta-feira (25). A PM informou que, segundo as denúncias, o suspeito atuava como professor de canto e instrumentos musicais. Nas aulas, ele teria oferecido uma espécie de chá às alunas para melhorar a garganta e a dicção vocal.

Sem que as alunas soubessem, ele alterava o líquido e colocava sêmen dentro do suposto chá e dava para as alunas beberem, segundo a polícia. Os militares foram informados de que, quando elas ingeriam o líquido, ele filmava as vítimas sem o conhecimento delas.

Hallan Richard Morais foi preso suspeito de oferecer bebida com o próprio sêmen para alunas — Foto: Reprodução

A Polícia Civil afirmou ainda que, no dia em que o crime foi registrado, uma das alunas percebeu que a bebida havia sido alterada e chamou a polícia. Foram apreendidos dois frascos contendo o suposto sêmen e um celular, que estaria sendo usado para gravar as vítimas. A substância foi recolhida e deve ser analisada pela perícia.

O professor passou por audiência de custódia na manhã de domingo (27) e teve a prisão convertida em preventiva. Segundo o juiz, “a liberdade do suspeito se tornou um risco concreto às vítimas e coloca em risco a ordem pública”.

Conforme a decisão, apesar de o professor ter afirmado durante audiência que não respondia por outro crime, a leitura da certidão de antecedentes apontou que ele é investigado por estupro de vulnerável.

Hallan Richard está preso preventivamente na Unidade Penal de Porto Nacional, de acordo com o juiz, para manter ordem pública.

Fonte: g1 Tocantins 

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