Frota de Santa Cruz conta com 104.110 veículos

Um dos assuntos que têm pautado os trabalhos da administração municipal é a mobilidade urbana. A frota santa-cruzense não para de crescer, e os dados apurados pelo Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran) mostram que é preciso atentar para um detalhe: o número de motocicletas, na proporção com os automóveis, tem aumentado consideravelmente.

De menos de 10% em 2014 para mais de 50% em 2024, em todo o Estado. Em Santa Cruz, todas as categorias somam 104.110 veículos. Os santa-cruzenses têm a 12ª maior frota, em números absolutos, do Rio Grande do Sul.

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Proporcionalmente, levando-se em consideração a população, esse dado é ainda mais expressivo, porque chega a 0,75 veículo por habitante. A maior parte é de automóveis (58.391), depois motocicletas (20.660) e utilitários (15.424). O crescimento tem sido percebido ano a ano. Somente em 2024 foram 2.713 a mais. Se for levada em consideração a última década, o levantamento do Detran mostra que Santa Cruz passou de 82.589 para 104.110.

A situação reforça a fala do prefeito Sérgio Moraes (PL) de que é preciso investir em medidas de mobilidade urbana como forma de dar melhor fluxo ao trânsito e garantir estrutura para estacionamento na região central da cidade, porque as vias continuam as mesmas e o número de veículos circulando cresce.

Cresce a quantidade de motos nas vias do Rio Grande do Sul

Além de atentar para o aumento do número de veículos, de uma forma geral, os gestores públicos devem focar políticas em uma categoria em específico, a de motociclistas. Dados do Detran mostram que o Rio Grande do Sul emplacou, há 30 anos, 6.058 motos, ao mesmo tempo que contabilizou 86.098. Isso representou, em 1994, 7,03% da nova frota.

No último ano, passaram a circular nas vias gaúchas 61.758 automóveis e 31.232 motocicletas, que passaram a figurar com 50,57%, em comparação com veículos como carros diversos.

Especialista em gestão e legislação de trânsito, Ordeli Savedra Gomes explica que esse aumento no percentual de motocicletas circulando ocorre em função do valor mais acessível, além da questão de economia no combustível. “Às vezes, o valor da prestação e do combustível da motocicleta sai mais em conta do que se tivesse que pagar alguma passagem de ônibus”, compara.

Apesar de ser economicamente interessante, como questão de segurança viária é apontada como um problema. “O motociclista é mais vulnerável, não tanto quanto o pedestre e o ciclista, porque tem capacete, habilitação, frequentou autoescola”, cita.

Mesmo com os equipamentos e habilitação, as quedas acontecem e os acidentes com lesões são mais frequentes, resultando em sequelas, muitas vezes permanentes. “Permanecem por longo tempo, quando não para a vida toda com essas sequelas, há casos de amputação de membros e mortes.”

Savreda observa que os motoboys imprimem velocidade maior para atender os clientes, que fazem pedido de alimentos e querem recebê-los quentes. “Quem pede o lanche quer rapidamente, quente, então somos todos responsáveis”, pondera.

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