“A Alesc trabalha por Santa Catarina em sintonia com os demais poderes”, destaca presidente

Foto: Alesc/Divulgação

 

 

A Assembleia legislativa de Santa Catarina completou 190 anos e diversas ações foram realizadas pela Casa para comemorar a data, entre elas, as sessões fora de sua sede oficial, em Florianópolis, com o intuito de aproximar o povo do parlamento, em um projeto intitulado de Alesc Itinerante.

 

Ocupando pela segunda vez o cargo de presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Mauro de Nadal (MDB) se prepara para entregar o posto em janeiro de 2025 e conversou com a coluna sobre estas ações, a relação da Assembleia com a sociedade e o governo do Estado, além de falar sobre seus projetos futuros dentro da Casa.

 

Qual o papel e importância da Assembleia Legislativa para Santa Catarina?

A Assembleia Legislativa retrata a população, porque em nosso parlamento estão 40 eleitos pelos catarinenses, e a soma de seus votos é maior que, por exemplo, a votação de um governador. Deputados representam variados segmentos e são de todas as regiões do Estado. De modo que é uma casa democrática e sempre acessível à população.

 

Isso se comprova no seu cotidiano, pois além das atividades em plenário e em suas comissões técnicas permanentes, a Alesc é palco de muitos eventos, dos mais variados matizes. Organiza debates e audiências públicas, reuniões e sessões especiais, e justifica, de forma plena, a carinhosa denominação de casa do povo.

 

Foram realizadas diversas ações em comemoração aos 190 anos da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, entre elas, a Alesc Itinerante. Como o senhor avalia este projeto e qual o saldo positivo que se pode tirar dele?

Foi uma ideia que contou com o apoio de todos os parlamentares e se mostrou muito eficaz, para aproximar o parlamento estadual do cidadão, com a realização de sessões, desde maio, em todas as regiões. Foram organizadas etapas em Blumenau, Joinville, Criciúma, Lages, e finalizadas em Chapecó. Abriu espaços para manifestações de entidades, que puderam encaminhar reivindicações. Permitiu à população conhecer os parlamentares, conversar e ver o cotidiano das atividades. Encaminhou pautas de interesses específicos das regiões. Ou seja, demonstrou ser uma iniciativa acertada.

 

O senhor está se encaminhando para o final do seu segundo ano de mandato. Como o senhor vê esses seus dois anos à frente da presidência da Casa?

Foi um período produtivo, em que a Assembleia Legislativa trabalhou por Santa Catarina e esteve em sintonia com os demais poderes, sempre preservando sua autonomia deliberativa. Com o viés de harmonia entre os parlamentares, valorizando mandatos individuais, e em especial as pautas da sociedade.

 

Quais seriam os seus destaques neste biênio?

O Alesc Itinerante foi um grande projeto. Outro destaque foi a criação das bancadas regionais. São colegiados integrados por livre adesão dos parlamentares, conforme a origem geográfica de suas representações políticas. Cada qual pode participar de uma bancada regional, do Sul, Norte, Vale, Serra, Oeste e Grande Florianópolis. Ali, em cada grupo, são tratados temas de amplo interesse nas regiões. Apresentadas reivindicações de forma coletiva. Ouvidos representantes de governo, empresas, lideranças. E também encaminhadas emendas, a partir de recursos economizados pela Alesc. Uma inovação da gestão.

 

O governador Jorginho Mello firmou um acordo com o seu partido, MDB, e terá mais alguns parlamentares da sigla, como Chiodini e Antídio Lunelli, em sua gestão. Como isto impacta na Assembleia?

Os encaminhamentos políticos para a administração do Executivo não tem interferência na condução do Legislativo. Há uma relação anterior de cordialidade, e o entendimento permanente de que os projetos importantes para Santa Catarina têm prioridade na pauta de debates da casa. Sobre a participação do MDB no governo, é um assunto de deliberações colegiadas na esfera do partido.

 

Algumas informações de bastidores sugerem a sua manutenção na presidência da Alesc. Procede? Se sim, como estariam essas negociações?

Meu segundo período como presidente da Alesc se encerra no final de janeiro de 2025, e os 40 parlamentares vão escolher democraticamente o meu sucessor. Não vejo outra possibilidade.

 

Há alguma pretensão de se candidatar nas próximas eleições, de 2026?

Trabalho pelo reconhecimento de meu mandato, pela representação política que me foi confiada, e busco ampliar relacionamentos, com a visão de que a população acredita em políticos que conseguem traduzir ações em resultados práticos. Sou deputado há quatro legislaturas. Em 2026, numa conjuntura partidária, avaliando cenários, vamos definir espaços para a disputa eleitoral. Minha primeira intenção é me eleger deputado estadual.

 

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