A literatura como guardiã da memória

Santa Cruz do Sul acolhe desde quinta-feira, 21, quando chegaram as primeiras caravanas, escritores das mais diversas regiões do Estado. Em sua grande maioria, esses autores integram entidades que se mobilizaram para o 4º Congresso Estadual das Academias de Letras do Rio Grande do Sul, evento que teve sua abertura na manhã dessa sexta-feira, 22, e que prossegue neste sábado, 23, tendo por local o auditório do Sindibancários, como se pode conferir em reportagem do jornalista Ricardo Gais, com fotografias de Rafaelly Machado, na página 10.

A iniciativa do encontro entre escritores decorre de parceria entre a Academia Rio-Grandense de Letras (ARL), presidida pelo jornalista e escritor Airton Ortiz (que, por sinal, concede entrevista exclusiva ao Magazine, suplemento cultural encartado nesta edição), e a Academia de Letras de Santa Cruz do Sul. É oportunidade valiosa para estimular a reflexão em torno de temas de forte atualidade no universo da educação e da cultura, dentro e fora do Brasil. Por tal, os debates transcendem o ambiente das academias ou dos estudos literários em si e tendem a ser de interesse de todos, em especial de professores e estudantes.

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O slogan da edição sinaliza diretamente para o que o congresso propõe: “Construindo Memória e Aproximando Distâncias”. A frase supõe a memória não como algo pronto, algo dado, e sim como construção, a um tempo individual e coletiva. Individual, porque cada pessoa terá a própria memória de seus atos e daquilo que a ela diz respeito; coletiva, porque a história da humanidade, perto ou longe de cada um de nós, só pode ser conhecida ou assimilada a partir de relatos que nos chegam.

Se isso vale para os dias atuais, vale para tudo que diz respeito ao passado. Não houvesse à disposição um relato, e não apenas o histórico, mas depoimentos ou registros individuais (reais ou ficcionais) em diferentes momentos e épocas, pouco ou nada saberíamos de tudo o que nos antecedeu.

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A literatura trabalha tanto com o registro dos acontecimentos e dos conhecimentos da atualidade quanto com o repositório da memória do passado, que se fixou na História. Todos os gêneros textuais, da ficção e da não ficção, alimentam o mesmo desejo e a mesma esperança de se projetaram para o futuro, de alcançarem leitores em qualquer tempo, de se perenizarem.

E assim, junto a esses leitores, transmitirem um olhar, real ou imaginário, que expanda o entendimento sobre a condição humana. E é esse debate que está em curso até este sábado ao meio-dia no ambiente do Congresso, que pode ser acompanhado pelo público em geral, a partir de inscrição prévia, conforme interesses de cada.

Para os escritores que visitam a cidade, oriundos das mais diversas regiões gaúchas, que tenham uma excelente e proveitosa estada em Santa Cruz do Sul, que se sintam plenamente acolhidos no ambiente social e cultural. Ótimo final de semana para todos!

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