O Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, foi palco de uma noite histórica para o esporte brasileiro. Na noite desta terça-feira (13), Daiane dos Santos, Edinanci Silva, Gustavo Kuerten e Afrânio Costa foram homenageados no Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Na cerimônia, os ex-atletas, com exceção do já falecido Afrânio, deixaram marcas de seus pés ou mãos em moldes que ficarão exibidos no Centro de Treinamento do COB.
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“Esse é um reconhecimento aos seus trabalhos, independente de ter ou não medalhas olímpicas. É importante a gente passar a mensagem que a medalha é apenas um detalhe do nosso projeto. É claro que o atleta quer medalha, mas o processo, os valores olímpicos que ele carrega, servem de inspiração para as demais gerações”, disse Marco La Porta, presidente do COB.
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No caso de Afrânio Costa, que faleceu em 1979, um familiar receberá as devidas honras. Além dos moldes, a vida e carreira dos homenageados estarão disponíveis na página digital do Hall da Fama, no site do COB, com biografias, vídeos, fotos, registros históricos e um espaço interativo para mensagens dos fãs.
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Primeiro medalhista olímpico
Afrânio Costa é o principal nome da história do tiro esportivo brasileiro. Nascido em Macaé, no Rio de Janeiro, o atleta foi responsável pela primeira medalha olímpica do Brasil com a prata na prova de pistola livre nos Jogos de 1920, em Antuérpia, na Bélgica. Ele ainda conquistou um bronze por equipes na mesma edição.
Muito mais do que resultados, Afrânio também é lembrado como um grande incentivador do esporte. Como diretor do tiro esportivo no Fluminense, ajudou a construir o primeiro estande para os atletas do clube nas Laranjeiras. Também foi chefe da delegação do tiro em Antuérpia e foi quem pediu equipamentos emprestados aos americanos, pois os da equipe brasileira haviam sido roubados.
Ícone de uma geração
O nome de Daiane dos Santos dispensa comentários. Não só o seu nome, mas o seu rosto foi o símbolo da ginástica artística brasileira para o mundo no início do século 21. Em 2003, Daiane se tornou a primeira atleta do país a conquistar o título mundial. Eternizada pela sua série no solo ao som de “Brasileirinho”, a ginasta e o seu técnico ucraniano Oleg Ostapenko inovaram com movimentos inéditos reconhecidos pela Federação Internacional: o duplo twist carpado (Dos Santos I) e o duplo twist esticado (Dos Santos II).
“Eu trabalho muito no presente. Eu tento plantar boas sementes para o que eu quero colher lá na frente. Ver a geração de agora ter esse carinho. Poder ver que lá na frente as gerações vão poder abrir o Hall da Fama e vai ter o nome da ginástica ali. É poder abrir um sonho, abrir uma imagem de luz para que outras pessoas também venham. Meu desejo é que a gente tenha mais meninas e meninos aqui”, afirmou Daiane dos Santos.
Quatro Olimpíadas
Edinanci Silva é uma referência no judô brasileiro e se tornou a primeira mulher a disputar quatro edições de Jogos Olímpicos. Antes de sua primeira participação olímpica, em Atlanta-1996, descobriu ter nascido intersexo e precisou passar por duas cirurgias antes de viajar para os Estados Unidos. Depois disso, também foi resiliência para superar críticas preconceituosas e se consagrar na história do esporte nacional.
“O coração está quase falhando, já não bastassem quatro Olimpíadas. Está sendo muito honroso estar aqui ao lado de grandes atletas. Estou demorando a acreditar, fico pensando que a qualquer momento posso acordar”, confessou Edinanci Silva.
Dentro do tatame, faturou medalhas de bronze nos Campeonatos Mundiais de Judô de Paris, em 1997, e Osaka, em 2003. Edinanci também é bicampeã dos Jogos Pan-Americanos, com ouros nas edições de Santo Domingo e Rio de Janeiro. Em Jogos Olímpicos, conquistou o quinto lugar em Pequim-2008.
Guga
Gustavo Kuerten, o Guga, foi um dos responsáveis por colocar o Brasil no mapa do tênis mundial. Ao lado de Maria Esther Bueno, ele se tornou inspiração para muitos dos tenistas brasileiros atuais. Dono de três títulos de Roland Garros, também foi o primeiro sul-americano a ocupar a primeira posição do ranking mundial, em que ficou por 43 semanas. Kuerten somou 28 títulos, sendo 20 individuais e 8 em duplas, além de ter participado de duas edições de Jogos Olímpicos, em Sydney 2000 e Atenas 2004.
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