Reajuste médio de planos de saúde PME acontece me 2025

O reajuste dos planos de saúde coletivos para microempreendedores individuais (MEIs) e pequenas e médias empresas (PMEs) começa a valer neste mês de maio de 2025, com validade até abril de 2026. A nova rodada de aumentos apresenta uma desaceleração em relação aos percentuais aplicados no ciclo anterior, com redução de três a quatro pontos percentuais em diversas operadoras. As mudanças abrangem contratos com até 29 vidas e refletem ajustes baseados em índices de sinistralidade e desempenho operacional.

Pontos Principais:

  • Planos coletivos para PMEs e MEIs terão reajustes menores em 2025.
  • Hapvida, Amil, Bradesco e SulAmérica reduziram seus percentuais.
  • Regras da ANS exigem reajuste único para contratos com até 29 vidas.
  • ANS avalia ampliar grupo de risco e alterar meta de sinistralidade.

Os reajustes não são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), diferentemente dos planos individuais. Cada operadora define seus próprios percentuais com base na relação entre despesas assistenciais e receita obtida com mensalidades. Mesmo assim, desde a Resolução Normativa nº 565/2022, contratos com até 30 beneficiários devem ser agrupados em um único conjunto de risco, o que determina um único índice de reajuste para todos os clientes dessa faixa contratual.

Planos de saúde coletivos para pequenas empresas e MEIs terão reajustes menores em 2025. Os novos percentuais foram definidos por operadoras e entram em vigor a partir de maio.
Planos de saúde coletivos para pequenas empresas e MEIs terão reajustes menores em 2025. Os novos percentuais foram definidos por operadoras e entram em vigor a partir de maio.

Relatórios de instituições financeiras como o BTG Pactual e o Itaú BBA apontam que a redução nos percentuais está associada à normalização dos custos após o período pandêmico e à melhora operacional das operadoras. Há também impacto de decisões judiciais e da gestão de coparticipações e provisões. A ANS avalia ampliar o agrupamento de risco de 29 para até 400 vidas, além de propor uma nova meta de sinistralidade mínima para justificar aumentos.

Reajustes aplicados pelas operadoras

O ciclo atual apresentou variações de reajuste conforme a operadora. Algumas reduziram de forma expressiva o percentual, enquanto outras mantiveram ou até elevaram o índice. A Hapvida, por exemplo, reduziu seu reajuste de 16% para 11,5%. A Notredame Intermédica aplicou 15,2%, inferior aos 19,2% do ano anterior. Na mesma linha, SulAmérica e Bradesco Saúde também reduziram seus índices.

A Unimed Nacional, por sua vez, aumentou o percentual de 18% para 19,5%. Já a Care Plus reduziu de 23,1% para 18,2%, e a Amil passou de 22% para 16%. As variações ocorrem devido à composição dos custos de cada operadora, como sinistralidade, rede de prestadores e decisões judiciais.

  • Hapvida: 11,5% (antes 16%)
  • Notredame Intermédica: 15,2% (antes 19,2%)
  • SulAmérica: 15,23% (antes 19,67%)
  • Bradesco Saúde: 15,11% (antes 20,96%)
  • Amil: 15,98% (antes 21,98%)
  • Care Plus: 18,2% (antes 23,1%)
  • Unimed Nacional: 19,5% (antes 18%)
  • Porto Seguro: 15,9% (antes 17%)
  • Plena Saúde: 14,5% (antes 17,2%)
  • Omint: 13,3% (antes 16,7%)

Normas regulatórias e impactos no mercado

A ANS não define os percentuais de reajuste dos planos coletivos com até 29 vidas, mas exige o agrupamento desses contratos para garantir mais equilíbrio aos reajustes. A medida tem o objetivo de evitar negociações individualizadas desfavoráveis aos pequenos contratantes e conferir mais previsibilidade ao mercado. O índice é calculado com base na sinistralidade, ou seja, na proporção entre os gastos assistenciais e a arrecadação das mensalidades.

As operadoras vêm apresentando indicadores de desempenho mais estáveis. Relatórios de mercado apontam que houve controle maior sobre fraudes e uso excessivo, além da otimização da rede de prestadores. Com isso, os custos por beneficiário diminuíram, permitindo menores repasses nos preços. A ANS também cogita mudanças estruturais que podem impactar as próximas rodadas de reajuste.

Entre as propostas em avaliação estão a elevação do teto de vidas nos contratos coletivos enquadrados como PME e a meta de sinistralidade mínima de 72% (atualmente em 75%) como critério para justificar aumentos. O debate está em curso e ainda não há data oficial para implementação. A suspensão da proposta que limitava a coparticipação dos usuários a 30% dos procedimentos também foi bem recebida pelo mercado.

Análise financeira e expectativas

O Itaú BBA destaca que a SulAmérica segue como referência no setor, com menor índice de cancelamentos e maior eficiência operacional. Já a Bradesco Saúde mostrou disciplina na precificação, mesmo diante da pressão inflacionária. O BTG estima que os contratos para PMEs representem 15% dos beneficiários do setor e reforça a importância do acompanhamento judicial sobre decisões que geram provisões adicionais.

Mesmo com o ambiente mais controlado, analistas alertam que decisões judiciais e novos tratamentos fora do rol mínimo da ANS continuam pressionando os custos das operadoras. Isso pode resultar em ajustes futuros acima do esperado, especialmente se os índices de sinistralidade voltarem a subir.

As operadoras seguem monitorando os impactos financeiros dessas obrigações e se preparam para adaptar seus modelos conforme novas regulamentações entrem em vigor. A previsibilidade e a estabilidade continuam sendo fatores centrais para manter a atratividade dos planos coletivos para pequenas empresas e MEIs.

Perspectivas para os contratantes

Os contratantes de planos de saúde coletivos seguem acompanhando os reajustes com atenção, especialmente diante do histórico recente de aumentos acima da média inflacionária. A atual desaceleração é um sinal de alívio, mas a preocupação permanece com os fatores que podem influenciar os próximos ciclos.

A adoção de políticas mais transparentes e padronizadas pode contribuir para uma relação mais equilibrada entre operadoras e beneficiários. Além disso, o avanço de tecnologias de controle de uso e auditoria deve reduzir o desperdício e melhorar o atendimento, sem necessariamente pressionar os custos dos contratos.

Empresas que contratam esses serviços também devem considerar o momento do aniversário do contrato, já que o reajuste é aplicado anualmente. A comparação entre operadoras e o histórico de reajustes pode ser decisiva na escolha da prestadora e na renegociação dos valores.

Fonte: Metropoles, Oglobo e Folha.

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