Defesa Civil coloca região de Presidente Prudente em estado de emergência quanto ao risco de queimadas nos próximos seis dias


Climatologista Vagner Camarini explica que o Oeste Paulista está sob a influência de vários fatores atmosféricos atuando ao mesmo tempo, que resultam na baixa umidade do ar. Mapa de Risco de Incêndio da Defesa Civil coloca região de Presidente Prudente (SP) em estado de emergência
Defesa Civil
A região de Presidente Prudente (SP) encontra-se em estado de emergência quanto ao risco de queimadas. Foi o que apontou o Mapa de Risco de Incêndio publicado nesta sexta-feira (26) pelo Centro de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil Estadual (CGE), que traz, ainda, a previsão para os próximos seis dias.
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A ausência de chuva e a baixa umidade relativa do ar estão entre as justificativas para o risco elevado de incêndios florestais no extremo oeste do Estado de São Paulo, que está no mais grave estágio de risco, dividido entre:
Baixo (amarelo);
Alto (laranja);
Alerta (vermelho); e
Emergência (roxo).
Segundo o mapa, a região permanece em estado de emergência até a próxima segunda-feira (29).
Há uma previsão de melhora na terça-feira (30), com os níveis marcando alto e baixo, mas a situação volta a se agravar na quarta-feira (31), com a região em estado de alerta.
Fatores atmosféricos
O climatologista Vagner Camarini explicou ao g1 que a região de Presidente Prudente está sob a influência de vários fatores atmosféricos atuando ao mesmo tempo.
“Existe uma área de alta pressão que atua como um bloqueio atmosférico impedindo a entrada de frentes frias, trazendo umidade para a formação de nuvens de chuva. Associado a isso, temos o aquecimento global, o final do El Niño e as características climáticas da nossa região, que é de inverno seco. Os meses de julho e agosto são os meses mais secos em nossa região”, afirmou Camarini.
O especialista também pontuou que a situação de emergência no mapa indica que, com a baixa precipitação, o ar fica com a umidade relativa baixa e os riscos de queimadas aumentam.
Nos próximos dias, Camarini apontou que não há previsão de chuva e, com as temperaturas altas, a umidade relativa do ar ficará abaixo dos 25%.
“O Oeste Paulista sofre com a seca mais do que em anos anteriores porque tivemos um outono e um verão com chuvas abaixo da média e mal distribuídas, com as temperaturas máximas batendo recordes”, finalizou o climatologista ao g1.
Medidas preventivas
Ao g1, o engenheiro civil responsável pelo Departamento Técnico da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Adauto Bibiano da Silva Junior, explicou que, diante desse cenário, é crucial que a população adote medidas preventivas para garantir a segurança e a saúde de todos.
Veja abaixo as recomendações da Defesa Civil:
Evite queimadas:
é proibido realizar queimadas de lixo ou qualquer outro material, especialmente em áreas rurais e de vegetação seca, para prevenir incêndios de grandes proporções.
Mantenha a hidratação:
consuma bastante água ao longo do dia para evitar desidratação; e
utilize umidificadores de ar ou deixe recipientes com água nos ambientes internos para melhorar a qualidade do ar.
Reduza esforços físicos:
evite atividades físicas intensas nos períodos mais quentes do dia para diminuir o risco de desidratação e problemas respiratórios.
Cuide da saúde respiratória:
a baixa umidade pode causar irritações nos olhos, nariz e garganta, além de agravar condições respiratórias preexistentes, como asma e bronquite; e
redobre a atenção com crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
Impactos na saúde:
a baixa umidade do ar e os incêndios podem afetar diretamente a saúde da população, causando desconforto e agravamento de doenças respiratórias. É essencial que todos estejam atentos e sigam as orientações preventivas.
“A colaboração de toda a comunidade é fundamental para enfrentarmos esse período de risco no Oeste Paulista. Juntos, podemos minimizar os impactos e proteger a nossa saúde e segurança”, destacou Silva Junior.
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