No Dia dos Avós, vovós dão colo aos netos prematuros na maternidade e se emocionam: ‘Inexplicável’


Hospital em Ribeirão Preto (SP) organizou visita especial para que avós pudessem experimentar a sensação de tocar as crianças que estão em tratamento. Avós praticam ‘método canguru’ em netos prematuros em maternidade de Ribeirão Preto
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal de uma maternidade no bairro Campos Elíseos, zona Norte de Ribeirão Preto (SP), recebeu visitantes especiais nesta sexta-feira (26). Os bebês são acompanhados diariamente pelas mães, mas hoje foi dia das avós também levarem seu carinho e segurarem os netinhos no colo.
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Colocar o pequeno Antony nos braços e sentir o toque dele deixaram a auxiliar de serviços gerais Andreia Fabiana da Silva praticamente sem palavras.
“É uma emoção inexplicável, é maravilhoso. Dádiva de Deus”, afirma.
Nos casos mais críticos, bebês prematuros, que nascem antes da hora, podem ficar até quatro meses na UTI neonatal. Durante o período, eles recebem o suporte necessário para ganhar peso e se desenvolverem protegidos.
Ao lado da filha Eva, a auxiliar de serviços gerais Andreia Fabiana da Silva segura o neto Antony na maternidade em Ribeirão Preto, SP
Marcelo Moraes/EPTV
Fortalecer vínculos
A estagiária Eva Amanda Ribeiro Barbosa deu à luz com 27 semanas de gestação. Em média, os nascimentos ocorrem com 40 semanas. Por causa da fragilidade, Antony ficou internado e, na maior parte do tempo, o carinho e a atenção que recebe estão do lado de fora da incubadora.
“Eu fiquei com muito medo, mas deu tudo certo. Aqui tem muitos recursos para ele e ele está crescendo forte”, diz Eva.
Nesta sexta-feira, quando é celebrado o Dia dos Avós, dona Andreia não via a hora de entrar na maternidade para o encontro com o neto.
“Eu creio que pelo meu contato com ele hoje, pela minha fé, eu creio que logo ele estará em casa. A evolução aqui é excelente, o tratamento, então a gente confia. Estamos muito felizes”, diz a vovó.
A cuidadora de idosos Araí Cosmos Bezerra segura o pequeno Arthur no colo na maternidade em Ribeirão Preto, SP
Marcelo Moraes/EPTV
Canguru
A iniciativa de levar os avós à maternidade faz parte do projeto Canguru. O método consiste no contato pele a pele com os recém-nascidos, para que haja o fortalecimento de vínculos entre o bebê e a família e também o desenvolvimento físico e emocional.
Na unidade, 90% dos bebês na UTI neonatal nasceram prematuros. O restante está internado por causa de problemas cardíacos e respiratórios.
“O fato de os bebês ficarem colados ao corpo da mãe, em contato pele a pele, faz com que ele fortaleça essa ligação dos bebês com as mães, faz com que as mães em contato com os bebês produzam uma quantidade maior de leite, trazendo mais benefícios. O leite materno é essencial, e a parte emocional é fundamental. As crianças ficam mais tranquilas, se sentem mais aconchegadas”, explica Tânia Bernardes Page, coordenadora da UTI neonatal.
A cuidadora de idosos Araí Cosmos Bezerra, vovó do Artur, que tem só nove dias de vida, comemorou a experiência de segurar o menino no colo.
“Eu estava muito ansiosa, o amor de um neto é maior do que de um filho”, afirma.
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