Calouro é expulso de faculdade após ser acusado de perseguir alunas no litoral de SP


Faculdade Unibr instaurou processo disciplinar interno para apurar o caso em São Vicente (SP). Faculdade Unibr instaurou processo disciplinar interno para apurar o caso em São Vicente (SP)
Divulgação/Unibr
Um estudante calouro foi expulso da Faculdade Unibr após ser acusado de perseguir alunas em São Vicente, no litoral de São Paulo. Conforme apurado pelo g1 neste sábado (30), ele se matriculou na instituição no segundo semestre deste ano.
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Em nota, a Faculdade Unibr informou ter suspendido o aluno assim que recebeu denúncias de três estudantes. De acordo com a instituição, foi instaurado um processo disciplinar interno enquanto ele era impedido de ter acesso ao campus.
Conforme apurado pelo g1, o homem chegou a cancelar a matrícula durante o período de suspensão. Apesar disso, a faculdade seguiu com o processo e decidiu pela expulsão dele em meados de novembro, com o objetivo de resguardar a segurança no campus.
Segundo a nota, a faculdade também ofereceu um Núcleo de Apoio Psicopedagógico para atendimento e acolhimento integral das vítimas, garantindo a escuta e respaldo delas.
“O enfrentamento ao assédio sexual é preocupação da faculdade a todo o tempo, visto que dispõe de programa de treinamento continuado de seus colaboradores, assim como desenvolve projetos de cunho formativo junto aos alunos do Curso de Direito para conscientização dos demais discentes da Instituição”, declarou a Unibr.
O g1 não localizou a defesa do suspeito até a publicação desta reportagem.
Relato de vítima
A advogada Victorya Santana dos Santos, que representa uma das estudantes, contou que o primeiro contato da cliente com o suspeito aconteceu no fim de outubro, enquanto ela estava sentada nos bancos da faculdade.
Segundo o relato, o homem se aproximou perguntando qual curso ela fazia. “Na verdade, ele já sabia que ela fazia Direito, porque em seguida falou que precisava de uma advogada”, disse Victorya, informando que a aluna passou o contato e o endereço do escritório onde trabalha. “Por isso ela se culpa muito”, acrescentou.
Em seguida, o suspeito passou a chamá-la de “linda” enquanto segurava o braço dela. No entanto, a aluna informou que era casada e pediu para que a soltasse, de acordo com o relato. Segundo Victorya, o homem afirmou que ela o iludiu, mas a jovem discordou, pois somente respondeu o que lhe foi perguntado.
De acordo com a advogada, a cliente passou a se sentir desconfortável e desestabilizada na faculdade, pois o suspeito passou a encará-la de forma maliciosa. Em determinado momento, um colega da vítima notou a situação e perguntou o motivo do nervosismo dela, aconselhando-a a passar o caso para a coordenadoria do curso.
“No outro dia, ele estava na porta do escritório onde ela trabalha. Ela viu e ele ficou encarando”, explicou Victorya, ressaltando que o homem não chegou a encostar na vítima, mas a deixou assustada. Desta forma, a jovem registrou um boletim de ocorrência.
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