Redução nos custos das baterias promete tornar carros elétricos mais acessíveis até 2025

Entre 2008 e 2023, o custo das baterias de íons de lítio para veículos elétricos caiu drasticamente, com uma redução de 90%, de acordo com dados do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE). Essa queda expressiva reflete avanços tecnológicos, aumento na escala de produção e melhorias na fabricação das baterias. A redução dos custos das baterias é um dos principais fatores que podem tornar os veículos elétricos mais acessíveis nos próximos anos.

Atualmente, o custo médio de uma bateria de íons de lítio está em torno de US$ 139 por quilowatt-hora (kWh), uma queda significativa em comparação com os US$ 1.415/kWh em 2008. Essa redução é vital para diminuir o preço final dos carros elétricos, já que a bateria é uma das partes mais caras do veículo.

Estudos indicam que, para que os carros elétricos atinjam paridade de preços com os veículos a combustão, o custo das baterias precisa cair para cerca de US$ 100/kWh. A previsão é que essa meta seja alcançada até 2025, o que poderia fazer com que os veículos elétricos se tornem mais baratos que seus equivalentes a gasolina.

Além da queda no custo das baterias, outros fatores estão impulsionando essa mudança no mercado automotivo. A técnica de gigacasting, adotada por fabricantes como Tesla e Toyota, é um exemplo. Essa técnica envolve a utilização de peças maiores na fabricação dos carros, o que reduz o número total de peças necessárias e, consequentemente, os custos de produção. Estima-se que a gigacasting possa reduzir os custos de fabricação de um veículo em até 20%.

Outro fator que pode contribuir para a queda nos preços dos carros elétricos é a diminuição no preço do lítio, um dos principais componentes das baterias. Analistas do setor preveem que a redução no custo do lítio permitirá que as montadoras ofereçam veículos elétricos a preços mais competitivos em relação aos modelos a combustão.

A pressão para que os veículos elétricos se tornem mais acessíveis também é alimentada pela necessidade de reduzir as emissões de carbono e combater as mudanças climáticas. Nos Estados Unidos, por exemplo, há uma pressão crescente para que os carros elétricos sejam mais acessíveis ao consumidor médio, algo que já é uma realidade na China, onde incentivos estatais ajudam a reduzir o preço dos veículos elétricos.

No entanto, apesar das previsões otimistas, ainda existem desafios a serem superados. A reciclagem de baterias, por exemplo, é um campo que ainda precisa de avanços significativos para se tornar economicamente viável e ajudar a reduzir ainda mais os custos dos veículos elétricos. Além disso, a paridade de preços com os veículos a combustão pode variar dependendo da região e dos incentivos governamentais disponíveis.

Mesmo com esses desafios, a tendência de queda nos preços das baterias e o avanço das tecnologias de produção apontam para um futuro em que os veículos elétricos serão mais acessíveis e populares. Se as previsões se confirmarem, essa mudança pode ocorrer mais cedo do que muitos esperavam, tornando os veículos elétricos uma opção viável para um número cada vez maior de consumidores.

Por enquanto, as montadoras continuam a explorar estratégias de financiamento e leasing para tornar os carros elétricos mais atrativos, enquanto a indústria trabalha para reduzir os custos de produção e melhorar a autonomia das baterias.

Os próximos anos serão cruciais para determinar se os carros elétricos realmente se tornarão mais baratos que os veículos a combustão. Se a tendência atual continuar, podemos estar prestes a testemunhar uma mudança significativa no mercado automotivo global.

Fonte: Canaltech, OlharDigital e Insideevs.

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