Ao g1, Altino Prazeres defende tarifa zero todos os dias e GCM controlada ‘pela comunidade’


Metroviário participou da série de entrevistas do g1 com os candidatos à Prefeitura de São Paulo. O Assunto: Paula Paiva entrevista Altino Prazeres (PSTU); veja íntegra
Altino Prazeres, candidato do PSTU à Prefeitura de São Paulo, defende a tarifa zero nos ônibus da cidade em todos os dias da semana e que o controle da Guarda Civil Municipal seja feito “pela comunidade”.
🎙️ O candidato participou da série de entrevistas do g1 com os candidatos à Prefeitura de São Paulo. Altino é operador de trem há 29 anos e já foi presidente do Sindicato dos Metroviários, de onde é diretor licenciado. Aos 57 anos, ele disputa um cargo público pela terceira vez. Altino concorreu à prefeitura em 2016 e ao governo do estado em 2022.
Para custear a extensão do benefício da tarifa zero à população, Altino disse que irá romper os atuais contratos com as empresas que operam o sistema de ônibus.
“Nós queremos reestatizar todas as empresas públicas, todas essas empresas privadas do sistema de transporte, parar de dar dinheiro para esses tubarões do transporte, e com isso você economizaria dinheiro. E também você poderia taxar as grandes fortunas aqui na cidade de São Paulo.”
Sobre segurança pública, principal preocupação do paulistano, Altino disse que a primeira coisa a se reconhecer é que a violência é um problema social, mas, de imediato, o que poderia ser feito é colocar a GCM sob o comando da população.
“Nós queremos que o controle da GCM seja da comunidade. A quem ele [guarda municipal] deve prestar satisfação é para a comunidade, não pode ser que a comunidade tenha medo. Por isso está errado comprar um monte de fuzil para a GCM como se o papel dela fosse ficar atirando ou intimidando as pessoas.”
Além disso, o candidato defendeu a desmilitarização da Polícia Militar, o que não é atribuição da prefeitura.
Altino Prazeres, candidato do PSTU à Prefeitura de São Paulo, em entrevista no Assunto
Fábio Tito/g1
Altino defende ainda a estatização do ensino privado na cidade, e o fim das Organizações Sociais (OSs) no gerenciamento de equipamentos públicos. Hoje, 97% das Unidades Básicas de Saúde da cidade são administradas por OSs.
Desde 1994, quando o PSTU foi criado, o partido lançou candidatos a prefeito em quase todas as eleições, exceto em 2008. No entanto, o número de votos recebidos pela candidata Vera Lúcia em 2020, por exemplo, não seria suficiente nem para eleger um vereador na cidade. Questionado sobre isso, Altino afirmou que o objetivo é lançar uma candidatura que governe “para a classe trabalhadora”.
“A nossa candidatura, nós estamos lançando não por um capricho. Nós estamos lançando porque não temos acordo com as demais candidaturas. Não temos acordo com o [Ricardo] Nunes, que é de direita, ultradireita, ligado ao Bolsonaro, não temos acordo com o [Guilherme] Boulos, que é ligado ao Lula e faz uma política de aliança com grandes empresários e patrões.”
Paula Paiva Paulo entrevista Altino Prazeres (PSTU)
Fábio Tito/g1
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