Queda de avião em Vinhedo: localização de material genético interrompe triagem de objetos pessoais das vítimas


Cenipa havia finalizado ação inicial de investigação e remoção de partes da aeronave na manhã desta segunda-feira (12). Desastre aéreo deixou 62 mortos. Imagens aéreas deste domingo (11) mostram local onde avião caiu em Vinhedo e trabalho do Cenipa
Eliandro Figueira/Arquivo pessoal
A companhia aérea Voepass e a seguradora precisaram interromper, nesta segunda-feira (12), a triagem de objetos pessoais das vítimas do acidente aéreo que deixou 62 mortos em Vinhedo (SP). Segundo a Defesa Civil da cidade, a paralisação ocorre após a localização de material genético.
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Ainda de acordo com o órgão, a interrupção foi determinada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que havia finalizado no início da manhã a ação inicial de investigação e remoção de partes da aeronave.
Viaturas do Corpo de Bombeiros e da Polícia Científica foram acionadas para retornar ao local. O trabalho de remoção total dos destroços do avião, que também será realizado pela Voepass, só deve acontecer depois da retirada de todos os objetos pessoais.
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Os pertences pessoais dos 58 passageiros e quatro tripulantes mortos no maior desastre aéreo do país desde 2007 também vão passar por análise da Polícia Civil, que, com a Polícia Federal, atua na investigação do acidente, informou a Defesa Civil de Vinhedo.
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Investigação
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), depois da conclusão da “ação inicial” no local, o Cenipa mantém as investigações para “seguir com o levantamento de outras informações necessárias, a fim de identificar os possíveis fatores contribuintes” para a queda do avião.
O Cenipa e representantes do Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil da França, país onde a aeronave modelo ATR-72 foi fabricada, fizeram a retirada dos dois motores do avião, que serão analisados em São Paulo. Além disso, as asas e a cauda também já foram içadas.
O Cenipa também informou que conseguiu extrair todo o conteúdo das duas caixas-pretas retiradas do avião. O órgão prevê divulgar, em até 30 dias, o relatório preliminar sobre as causas do desastre aéreo.
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Cenipa/FAB
Queda em espiral
A aeronave da Voepass que caiu na sexta (9) voou por 1 hora e 35 minutos sem registrar ocorrências antes de fazer uma curva brusca. O avião caiu 4 mil metros em cerca de 1 minuto e explodiu ao atingir o terreno de uma casa em um condomínio residencial.
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Ainda não se sabe o que causou o acidente, mas a queda em espiral sugere a ocorrência de um estol, situação em que a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar, segundo especialistas.
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Recolhimento de material genético
Mais de 40 famílias de vítimas foram acolhidas no Instituto Oscar Freire, em São Paulo. O espaço fica próximo à unidade do IML Central. Os parentes diretos forneceram informações que subsidiaram o trabalho do IML e material biológico. Equipes da Defesa Civil auxiliaram no acolhimento.
Outros 17 familiares de vítimas foram atendidos em Cascavel (PR) e tiveram a documentação remetida à capital paulista.
O IML Central foi destacado para atendimento exclusivo ao caso. A unidade tem cerca de 40 profissionais entre médicos, equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia auxiliando nos trabalhos.
Autoridades brasileiras e francesas no local do acidente em Vinhedo
Força Aérea Brasileira/ divulgação
O que diz a Voepass sobre o acidente
Em nota divulgada no sábado (10), a Voepass disse que a aeronave estava “aeronavegável, com todos os sistemas requeridos em funcionamento, cumprindo todos os requisitos e exigências estipulados pelas autoridades e legislação setorial vigente”.
“Neste momento, o foco da Voepass é proporcionar acolhimento e conforto às famílias das vítimas, que passam por um momento de dor e pesar. Estamos realizando todos os esforços logísticos e operacionais para que as famílias tenham em nossa equipe um apoio efetivo não só para suas necessidades de transporte, hospedagem, alimentação, mas, principalmente, de consolo e apoio emocional”, finalizou.
Como era o avião que caiu em Vinhedo
Arte g1
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