K-drama: o que explica a paixão dos brasileiros pelas novelas coreanas?

Fantástico deste domingo (4) foi até a Coreia do Sul para descobrir como isso aconteceu. Fantástico vai a Seul saber por que k-dramas fazem tanto sucesso no Brasil
O público brasileiro se tornou um dos que mais assistem a k-dramas no mundo. Mas por quê? Como o Brasil, o país das novelas, se apaixonou por histórias contadas em uma língua asiática, de uma cultura tão distante? O Fantástico deste domingo (4) foi até a Coreia do Sul para descobrir como isso aconteceu. Veja no vídeo acima.
O programa ainda conversou com Sung Hoog, um astro de séries sul-coreanas, como “A Vingança do Casamento Perfeito” e “Meu Romance Secreto”. Ele estava em São Paulo para um encontro com sua legião de fãs brasileiras. Algumas delas pagaram R$ 3 mil para estar ali. Saiba mais abaixo.
A ascensão dos k-dramas no Brasil
A audiência de séries da Coreia do Sul deslanchou durante a pandemia. Uma plataforma de streaming só de produções asiáticas cresceu 150% no Brasil entre 2020 e 2022. Segundo a empresa, dos 90 milhões de cadastrados no mundo, 11 milhões são daqui. Os dorameiros passam mais de duas horas online quando acessam a plataforma.
O novo momento da cultura coreana
Antigamente, era Hollywood que fazia sucesso no mundo inteiro. Talvez agora seja a vez da cultura K ser reconhecida em todos os lugares. Esqueça Brad Pitt e Tom Cruise. O momento é do galã Cha Eun-Woo, astro de “Um Bom Dia para Ser um Cachorro” e “Beleza Verdadeira”. Ele tem mais de 45 milhões de seguidores em uma rede social e é embaixador de marcas de luxo. Na Coreia do Sul, é chamado de “Deus”, por ser considerado muito bonito. E aqui no Brasil, ele é o Nunu.
Eun-Woo também é cantor e foi a São Paulo fazer um show. Reuniu fãs de K-pop e de k-drama. Os ingressos se esgotaram em menos de uma hora.
“Eu tento retribuir todo o carinho e o apoio. E me esforço bastante para isso. Eu acho surpreendente! Demorei 30 horas para chegar até aqui, estou do outro lado do planeta, e ver as fãs cantando junto. Gostei demais. Foi uma enorme surpresa”, diz Eun-Woo.
Como começou o fenômeno do k-drama?
Com investimento público. Em 1993, Jurassic Park, produzido em Hollywood, ficou quatro meses em cartaz na Coreia do Sul, sempre esgotado. O governo do país acendeu um alerta e começou a investir na indústria audiovisual.
Nos anos 90, somente 16% dos filmes exibidos nas salas de cinema na Coreia do Sul eram nacionais. Hoje, esse número passa os 50%. Em 2020, “Parasita” levou seis estatuetas do Oscar, incluindo a de melhor filme: um feito inédito para produções não faladas em inglês. Também é da Coreia do Sul a série mais vista dos streamings, “Round Six”, filmada num estúdio do governo. Só neste ano, são previstos 4,2 bilhões de dólares de investimento público nas séries.
Encontro com Sung Hoon
O Fantástico foi até Insadong, bairro histórico que tem mais de 500 anos, em uma casa de chá tradicional, onde Sung Hoon, galã dos k-dramas, decidiu conversar com a reportagem.
“Me diverti demais com os fãs no Brasil. Foi memorável”, diz o ator.
Sung Hoong foi questionado sobre o romance que os k-dramas oferecem paras pessoas.
“Acredito que eles retratam um amor que até pode existir, mas é algo muito raro. Quando as pessoas assistem, elas querem algo fantasioso, e assim ficam contentes com o que veem. Se for realistar demais, penso que não seria tão agradável. O enredo pode até ser fantasioso, mas a pele bem cuidada é real”, destaca.
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