
Segundo o governo local, sob o comando do grupo terrorista, as forças militares de Israel controlam 77% do território palestino, seja por presença de tropas, ordens de evacuação ou bombardeios que impedem os moradores de retornar às suas casas. Na sexta-feira, ataque matou 9 crianças em Khan Yunis. Homem chora em funeral de vítimas palestinas de ataque israelense ao hospital Nasser, em Khan Yunis, na Faixa de Gaza
Hatem Khaled/Reuters
Ataques israelenses mataram 23 palestinos em ataques realizados neste domingo (25) na Faixa de Gaza, incluindo um jornalista e um paramédico, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo grupo terrorista Hamas.
De acordo com médicos, as mortes mais recentes na ofensiva israelense ocorreram em ataques separados em Khan Yunis, no sul, em Jabalia, no norte, e em Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza.
Em Jabalia, o jornalista local Hassan Majdi Abu Warda e vários membros de sua família morreram após um bombardeio aéreo atingir sua casa no início do dia.
Outro ataque aéreo em Nuseirat matou Ashraf Abu Nar, um alto funcionário do serviço de emergência civil do território, e sua esposa em sua residência, acrescentaram os médicos.
As Forças de Defesa de Israel não comentaram imediatamente os incidentes.
O escritório de imprensa do governo de Gaza, administrado pelo Hamas, afirmou que a morte de Abu Warda elevou para 220 o número de jornalistas palestinos mortos em Gaza desde 7 de outubro de 2023.
Em outro comunicado, o escritório informou que as forças israelenses controlam 77% da Faixa de Gaza, seja por presença de tropas terrestres, ordens de evacuação ou bombardeios que impedem os moradores de retornar às suas casas.
Os braços armados do Hamas e da Jihad Islâmica disseram, em comunicados separados neste domingo, que combatentes realizaram várias emboscadas e ataques com explosivos e foguetes antitanque contra forças israelenses em diferentes áreas de Gaza.
Na sexta-feira, as forças israelenses disseram ter realizado novos ataques durante a noite, atingindo 75 alvos, incluindo depósitos de armas e lançadores de foguetes.
Fome e destruição
Israel iniciou uma guerra aérea e terrestre em Gaza após o ataque transfronteiriço dos militantes do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas, segundo dados israelenses, e resultou no sequestro de 251 pessoas levadas para Gaza como reféns.
O conflito já causou a morte de mais de 53.900 palestinos, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza, e devastou o território. Grupos de ajuda humanitária alertam para sinais generalizados de desnutrição severa.
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