Sebastião Salgado, lenda da fotografia e torcedor do Fluminense, morre aos 81 anos em Paris

Sebastião Salgado, um dos nomes mais reverenciados da fotografia mundial, faleceu aos 81 anos em Paris. Nascido em Aimorés, Minas Gerais, ele construiu uma carreira internacional marcada por imagens poderosas que denunciaram desigualdades sociais e ambientais ao redor do planeta. Mas além das lentes, Salgado também era um torcedor apaixonado: seu coração era tricolor.

Pontos Principais:

  • Sebastião Salgado faleceu aos 81 anos, em Paris, por complicações de malária.
  • Era torcedor declarado do Fluminense, revelado em entrevista ao Roda Viva.
  • O clube celebrou sua trajetória durante a indicação ao Oscar com “O Sal da Terra”.
  • Sua obra fotográfica é considerada um patrimônio da luta social e ambiental.

O vínculo de Salgado com o Fluminense não era casual. Durante entrevista ao programa Roda Viva, em 2013, ele declarou com orgulho seu amor pelo clube carioca. Mais do que uma lembrança de infância, o Fluminense fazia parte de sua identidade, mesmo após décadas vivendo na Europa. A declaração repercutiu entre os torcedores e foi lembrada no momento de sua partida.

O lendário fotógrafo Sebastião Salgado, conhecido por seu trabalho humanitário e engajado, também carregava com orgulho o amor pelo Fluminense - Divulgação/Agência Brasil
O lendário fotógrafo Sebastião Salgado, conhecido por seu trabalho humanitário e engajado, também carregava com orgulho o amor pelo Fluminense – Divulgação/Agência Brasil

Em 2015, quando o documentário “O Sal da Terra” foi indicado ao Oscar, o Fluminense se manifestou publicamente em apoio ao fotógrafo. O clube exaltou a trajetória do torcedor ilustre, reconhecendo o impacto de sua arte e o orgulho de tê-lo como representante da torcida. A homenagem mostra como a ligação entre o futebol e a cultura pode transcender campos e arquibancadas.

Salgado era conhecido pelo uso marcante do preto e branco em suas imagens, retratando populações vulneráveis, refugiados e a destruição ambiental com uma sensibilidade única. Seu legado extrapola o campo da fotografia e alcança o jornalismo, a sociologia e o ativismo. Seu trabalho não apenas documentou o mundo — ele denunciou, sensibilizou e transformou olhares.

A malária que comprometeu sua saúde foi contraída nos anos 1990, durante um de seus projetos documentais na África. Mesmo debilitado, Salgado nunca abandonou o compromisso com a imagem como instrumento de mudança. Até os últimos anos de vida, seguia envolvido em projetos fotográficos e na recuperação ambiental do Instituto Terra, fundado por ele e sua esposa.

Sua morte representa mais do que a perda de um artista. É o adeus a uma consciência visual, um olhar que influenciou gerações de fotógrafos e pensadores sociais. E para os tricolores, é também a despedida de um dos torcedores mais notáveis que o clube já teve — alguém que, mesmo distante fisicamente, nunca abandonou suas raízes.

Fontes: CNN Brasil, UOL.

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