O lançamento do novo Honda WR-V 2025 já tem data definida. A montadora japonesa confirmou oficialmente que o SUV compacto nacional será apresentado em novembro, reposicionando o modelo em relação à primeira geração, que era baseada no Fit. Agora, o WR-V surge como um projeto global, com desenvolvimento separado e plataforma própria, ocupando o espaço entre o Honda City e o HR-V.
Pontos Principais:
- Honda confirma lançamento do novo WR-V no Brasil para novembro.
- Modelo terá duas versões: EX e EXL, com motor 1.5 e câmbio CVT.
- Posicionamento será entre City e HR-V, com produção em Itirapina.
- Sem motorização híbrida no lançamento, mas versão futura é possível.
Produzido na fábrica de Itirapina (SP), o novo WR-V será lançado em duas versões, EX e EXL. O motor utilizado será o 1.5 aspirado com injeção direta, já conhecido da linha City, entregando 126 cv de potência e 15,8 kgfm de torque. O câmbio é automático do tipo CVT, e não haverá opção de câmbio manual. Por ora, também está descartada a motorização híbrida, embora essa possibilidade não esteja fora dos planos futuros da Honda no Brasil.
A estreia no mercado ocorrerá entre R$ 130 mil e R$ 150 mil, ocupando a faixa de preço intermediária entre as versões do City, que parte de R$ 117.500, e do HR-V, que chega a R$ 204.200. A decisão de posicionar o modelo nesse intervalo visa atender consumidores que buscam um SUV com dimensões amplas, mas com foco em simplicidade e funcionalidade, em um segmento onde o Toyota Yaris Cross também se prepara para competir.
Reposicionamento com base em plataforma global
A nova geração do WR-V não herda mais a base do Fit. Com projeto iniciado na Tailândia, o modelo foi apresentado no mercado global em 2023 sob o nome Elevate e já é vendido em países como Japão e Índia com o nome WR-V. A adoção da mesma plataforma do City traz ganhos em rigidez estrutural e aproveitamento interno.
As dimensões do novo modelo reforçam sua mudança de proposta. O WR-V 2025 mede 4,31 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,65 m de altura e tem entre-eixos de 2,65 metros. Em relação ao HR-V, é 4 cm mais comprido e 8 cm mais alto. Isso permite que o novo SUV acomode 458 litros de bagagem no porta-malas e tenha distância do solo de 220 mm.
Apesar do aumento nas medidas, o WR-V será oferecido com um interior mais simples e menor nível de equipamentos em comparação ao HR-V. Essa abordagem reduz o custo de produção e alinha o modelo às exigências de um público mais amplo, mantendo a estratégia de eficiência industrial na fábrica de Itirapina.
Produção nacional e investimento estratégico
O novo WR-V será o primeiro fruto do investimento de R$ 4,2 bilhões anunciado pela Honda em 2024 para o ciclo até 2030. Esse investimento contempla, além do novo SUV, o desenvolvimento de tecnologias híbridas flex e a renovação da linha HR-V. A planta de Itirapina já está preparada para iniciar o terceiro turno caso a demanda cresça, ampliando a capacidade de produção da montadora no Brasil.
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Atualmente, a fábrica também é responsável pela produção das versões hatchback e sedã do Honda City, além do próprio HR-V. O novo WR-V se integrará a esse ecossistema, utilizando os mesmos fornecedores e linhas de montagem, o que contribui para a redução de custos operacionais.
O modelo será vendido com abastecimento flex e sem previsão de importação de componentes fora do ciclo normal da marca. Ainda que não tenha motorização híbrida no lançamento, flagras recentes mostram unidades sendo abastecidas com etanol, reforçando a produção voltada exclusivamente ao mercado brasileiro neste primeiro momento.
Mercado e concorrência direta
A faixa de preço prevista entre R$ 130.000 e R$ 150.000 coloca o WR-V em competição direta com modelos como o Fiat Pulse e o Renault Kardian, cujos valores variam de R$ 112.000 a R$ 145.000, com versões mais básicas que incluem câmbio manual. O novo WR-V, ao não oferecer essa opção, aposta em um público interessado em comodidade e câmbio automático desde a versão de entrada.
A estratégia da Honda repete a abordagem de marcas como a Volkswagen, que atua com Nivus e T-Cross no mesmo segmento. A ideia é ampliar o alcance da marca dentro do nicho de SUVs compactos com diferentes características, oferecendo alternativas de estilo, conteúdo e preço.
Outro fator importante é a ausência de eletrificação neste primeiro momento. Mesmo com rivais começando a oferecer opções híbridas ou com sistemas leves de eletrificação, a Honda optou por manter o WR-V em uma configuração mais tradicional, esperando pelo avanço da demanda e pelo amadurecimento do mercado de híbridos flex antes de lançar essa versão.
Equipamentos e tecnologia disponíveis
Nos mercados da Ásia, o WR-V é vendido com um pacote de segurança que inclui frenagem autônoma de emergência, alerta de saída de faixa, assistência de permanência em faixa, farol alto automático, controle de cruzeiro adaptativo e aviso de saída de estrada. Além disso, oferece carregamento sem fio para smartphones e conectividade sem fio com Android Auto e Apple CarPlay.
No Brasil, a expectativa é de que o pacote de itens seja mais enxuto nas versões EX e EXL, com central multimídia, câmera de ré, controles de estabilidade e tração, ar-condicionado digital e piloto automático como base. A versão Touring, que tradicionalmente ocupa o topo da linha Honda, ainda não foi confirmada, mas pode surgir futuramente associada à variante híbrida.
O interior, embora funcional, será mais simples que o HR-V, com materiais menos sofisticados e design mais direto. O foco da montadora é atender às exigências básicas do consumidor brasileiro sem extrapolar nos custos de produção, o que é considerado essencial para manter a competitividade no segmento.
Expectativa para o lançamento e projeções
A confirmação da apresentação em novembro indica que a estreia comercial ocorrerá logo em seguida, com possibilidade de exibição no Salão do Automóvel de São Paulo, caso o evento se concretize. A Honda mantém sua estratégia de não antecipar detalhes comerciais, mas internamente já prepara o início das vendas até o fim de 2025.
Com o lançamento do WR-V, a Honda pretende consolidar sua presença no segmento de SUVs compactos, ampliando a oferta para quem busca espaço interno, robustez visual e confiabilidade mecânica. A proposta visa alcançar um público que deseja um carro com dimensões maiores que o City, mas sem o custo adicional e sofisticação do HR-V.
A concorrência deverá responder nos próximos meses com renovações de seus modelos de entrada ou lançamentos de versões mais equipadas, o que tornará esse trecho do mercado ainda mais dinâmico. A Honda aposta na combinação entre produção nacional, confiabilidade mecânica e nome consolidado para fazer frente aos novos desafios.
Fonte: UOL e QuatroRodas.
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