O número de quase 4 mil inscritos na primeira edição do Exame de Acesso ao Ensino Superior do Tocantins – Exato, realizada no segundo semestre de 2024, mais que dobrou e chegou a 8.827 nesta primeira edição de 2025, com prova no dia 18 de maio, a segunda desde que o projeto foi criado para substituir os tradicionais vestibulares da Universidade Federal do Tocantins (UFT): um aumento de quase 125% no número de inscrições confirmadas entre as duas edições.
Se na primeira edição do Exato havia participantes naturais de quase todos os estados da federação e do Distrito Federal — menos o Acre —, desta vez não faltou nem este pedacinho do país representado: três acrianos estão inscritos para fazer a prova.
O estado com mais participantes de origem é, naturalmente, o Tocantins. Os tocantinenses (5.389 ao todo) representam 61% dos estudantes neste exame. Em seguida aparecem os maranhenses, que são 1.126 inscritos, os goianos, 730, e os paraenses, 544.
Por estado de domicílio, há moradores de 23 estados e do distrito federal participando. 76% vivem no Tocantins, 10% no vizinho Maranhão, 5% no Goiás e 4% no Pará. As outras 19 unidades da federação somam 5% dos participantes por domicílio.
Em 2025, o Exato foi aplicado apenas nos cinco municípios do estado com câmpus da UFT. Agora, com a parceria firmada entre as três instituições federais de ensino superior do Tocantins, o Exato chega a 14 cidades que possuem câmpus da UFT, da UFNT ou do IFTO. Quase 63% dos inscritos para esta segunda edição do Exato moram nesses municípios, principalmente em Palmas e Araguaína, mas muita gente vai precisar viajar para fazer a prova: há moradores de mais 117 municípios tocantinenses diferentes inscritos para o exame, o que significa, com os 14 polos, que 94% dos 139 municípios do estado estarão representados.
743 participantes — 8% do total — farão a prova de graça porque tiveram seus pedidos de isenção deferidos e confirmaram suas inscrições. A isenção da taxa de inscrição foi concedida, conforme os critérios do edital, para pessoas de baixa renda inscritas no Cadastro Único do Governo Federal, para estudantes que cursaram o Ensino Médio em escolas públicas ou como bolsistas na rede privada, além de indígenas e quilombolas. Metade dos estudantes inscritos vem de famílias com renda de até três salários mínimos por mês.
Por cor/raça, 61% dos participantes se declararam negros no ato da inscrição — pretos ou pardos —, 37% se declararam brancos, 1% amarelos e 1% indígenas — que totalizam 85 participantes representantes de povos originários.
Além disso, 109 participantes que solicitaram terão atendimento especial durante a realização da prova, e, de acordo com critérios estabelecidos, poderão contar com recursos diversos como carteira para canhoto, sala especial, possibilidade de amamentar e tempo extra, auxílio de ledor, transcritor ou intérprete, entre outras medidas adotadas pela Copese. Ao todo 150 pessoas inscritas para a prova declararam ter algum tipo de deficiência.
No Exato, é bom lembrar que não há cotas porque não há concorrência. A prova é um exame de habilitação para que os participantes possam, em um segundo momento, participar dos processos seletivos das três instituições conveniadas: a Universidade Federal do Tocantins, a Universidade Federal do Norte do Tocantins e o Instituto Federal de Educação do Tocantins. Nessa etapa futura de editais é que os participantes do Exato escolherão seus cursos e modalidades de concorrência (ampla concorrência ou ações afirmativas). Para o segundo semestre letivo de 2025, está prevista a oferta de quase 1,5 mil vagas, a maior parte na UFT.
Com relação às escolas, 68% dos participantes deste Exato concluíram ou estão concluindo o Ensino Médio em escolas públicas e 63% já concluíram esta etapa da educação básica e estão prontos para ingressar no Ensino Superior.
“Essa segunda edição do Exato nos indica que estamos no caminho certo. Ampliar os locais de aplicação por meio da parceria com o IFTO e a UFNT possibilitará a participação de uma diversidade maior de pessoas no exame, ao mesmo tempo possibilitando a participação de pessoas de todos os estados. Esses dados também demonstram nosso compromisso com a Educação Superior no estado do Tocantins, com a inclusão e a acessibilidade”, afirma o pró-reitor de Graduação da UFT e coordenador-geral do Exato, Eduardo Cezari.Fonte: Superintendência de Comunicação – UFT
