Sem receber os repasses devidos há meses, transportadoras terceirizadas que atuam no transporte de cargas dos Correios em todo o Brasil decidiram suspender suas atividades. A medida compromete diretamente o fluxo logístico de encomendas e correspondências em diversos estados.
Pontos Principais:
- Empresas terceirizadas dos Correios paralisam entregas por falta de pagamento.
- Cerca de 300 caminhões estão parados apenas em Minas Gerais.
- Transportadoras relatam dívidas milionárias acumuladas desde dezembro.
- Correios usam medidas emergenciais e afirmam realizar repasses gradualmente.
Em Minas Gerais, cerca de 300 caminhões permanecem estacionados nos pátios. Empresários do setor afirmam que a estatal não realiza pagamentos integrais desde dezembro. Os valores devidos, segundo relatos, ultrapassam dezenas de milhões de reais.
Para tentar manter as operações e honrar compromissos com funcionários, algumas companhias recorreram a empréstimos bancários. Mesmo assim, os atrasos sucessivos estão gerando um efeito em cascata, acumulando dívidas com fornecedores de combustível, manutenção e peças automotivas.
Muitos relataram que os Correios estão contratando veículos de forma pontual, sem vínculos formais, para suprir as rotas em caráter emergencial. Esses caminhões, muitas vezes sem identificação, desconhecem a situação de inadimplência da estatal e podem acabar enfrentando as mesmas dificuldades.
O cenário também pressiona diretamente o emprego de centenas de profissionais do setor. Algumas empresas já projetam demissões em massa, incapazes de sustentar a folha salarial sem previsibilidade nos pagamentos. Há temor de colapso financeiro generalizado.
A categoria alega ainda que os valores enviados pelos Correios são insuficientes para quitar o passivo. Montantes simbólicos vêm sendo repassados sem perspectiva clara de regularização, o que só amplia o endividamento das prestadoras a cada mês.
Em resposta, os Correios informaram que as entregas continuam operando em todo o território nacional com suporte de ações temporárias. Sobre os pagamentos, a estatal afirmou que os repasses aos fornecedores seguem sendo feitos de forma gradual, mas não mencionou prazos para quitação das pendências.
Fonte: Itatiaia.
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