O prejuízo acumulado pelos Correios em 2024 chegou a R$ 2,6 bilhões, número quatro vezes maior que o registrado no ano anterior. Para lidar com esse rombo, a estatal apresentou, no dia 12 de maio, um pacote de medidas de contenção de despesas que prevê mudanças profundas na rotina dos seus cerca de 86 mil funcionários.
Pontos Principais:
- Correios registraram prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024.
- Medidas incluem corte de jornada, suspensão de férias e fim do remoto.
- Expectativa de economia de até R$ 1,5 bilhão em 2025.
- Investimentos em veículos elétricos e novo marketplace previsto.
Entre as principais decisões, está a suspensão temporária de férias, válida a partir de junho de 2025, e o retorno integral ao regime de trabalho presencial. Essa mudança afeta todos os empregados, exceto aqueles com decisões judiciais favoráveis ao trabalho remoto. A estatal também propôs a redução da jornada de trabalho de 44h para 34h semanais, com impacto proporcional no salário.
O documento, divulgado internamente, projeta uma economia de até R$ 1,5 bilhão no próximo ano, caso as medidas sejam implementadas em sua totalidade. A maior parte dos custos da empresa, que em 2024 somaram R$ 15,9 bilhões, decorre de gastos com pessoal, que subiram R$ 700 milhões em comparação com o ano anterior.

Para conter esses custos, o plano prevê ainda o corte de ao menos 20% dos cargos comissionados, incentivo à transferência interna de funcionários e prorrogação das adesões ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV), com nova data-limite até 18 de maio de 2025.
A estatal também aposta em novos projetos de receita, como o lançamento de um marketplace próprio ainda em 2025. Além disso, negocia com o New Development Bank (NDB) a captação de R$ 3,8 bilhões em investimentos voltados à modernização da estrutura interna e à sustentabilidade.
Parte do plano de reestruturação inclui a renovação da frota com viés ecológico. Só em 2024, os Correios adquiriram 50 furgões elétricos, 2.306 bicicletas elétricas e quase 4 mil bicicletas convencionais com baú, além de mais de 1.500 veículos para substituir os antigos.
Apesar da crise financeira, os Correios defendem a manutenção do serviço postal universal em todos os 5.567 municípios do Brasil, mesmo que 85% das unidades sejam deficitárias. O compromisso com o acesso, segundo a empresa, é parte da missão pública da estatal e deve ser preservado mesmo em tempos de ajuste.
Fonte: G1
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