O sistema de pedágio eletrônico na rodovia Presidente Dutra, operado pela CCR RioSP, teve seu início de operação adiado mais uma vez. Após prometer o funcionamento em março de 2025 e, em seguida, em maio e junho, a concessionária informou que o novo prazo será no segundo semestre. A mudança está relacionada a atrasos em obras estruturais exigidas para o funcionamento dos pórticos do modelo conhecido como free flow.
Pontos Principais:
- CCR RioSP adia cobrança no pedágio eletrônico da Dutra para o segundo semestre.
- Obras inacabadas e redes subterrâneas não mapeadas atrasaram o cronograma.
- Sistema free flow só cobrará veículos que utilizarem as pistas expressas.
- MPF questiona validade das multas aplicadas sem aviso adequado aos motoristas.
Segundo a empresa, houve necessidade de ajustar o cronograma por causa de obstáculos como a troca de fornecedores e a identificação de redes subterrâneas de água, gás e esgoto não previstas. Esses contratempos exigiram replanejamento e modificações nas obras ao longo do trecho entre São Paulo, Guarulhos e Arujá.

O sistema, que funciona sem cabines ou cancelas, utiliza câmeras e sensores para registrar a passagem dos veículos e calcular automaticamente o valor do pedágio. A cobrança será exclusiva para os motoristas que trafegarem pelas pistas expressas. Aqueles que utilizarem apenas as marginais continuarão isentos do pagamento.
Parte das obras previstas já está concluída, incluindo novas faixas nas expressas, iluminação, passarelas e conexões com vias como a Jacu Pêssego. A CCR afirma que a nova configuração deve ajudar a organizar o tráfego, separando o fluxo de longa distância e local, além de dar fluidez às pistas principais.
Durante audiência realizada pelo Ministério Público Federal no mês passado, foram levantadas preocupações sobre a aplicação de multas por evasão nesses novos sistemas. Entre dezembro e março, mais de 181 mil autuações foram registradas em rodovias com pedágio eletrônico. O MPF pretende investigar a legalidade dessas punições.
O promotor Guilherme Rocha Göpfert questionou a equivalência jurídica entre passar por um pórtico e furar uma cancela, destacando que a ausência de aviso e de compreensão pública pode gerar penalidades injustas. O caso segue sob análise do MPF para avaliar o sistema de cobrança implantado.
A CCR garantiu que motoristas que passarem por pedágios físicos em Arujá e acessarem as pistas expressas não pagarão duas vezes. O objetivo declarado é manter a transparência e evitar cobranças duplas, apesar das críticas sobre falta de comunicação prévia e infraestrutura ainda inacabada em parte dos trechos.
Fonte: Gazetasp.
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