Eduardo Leite deixa PSDB após 24 anos e se filia ao PSD para disputar 2026

Com uma trajetória de 24 anos no PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, oficializará nesta sexta-feira sua filiação ao PSD, partido liderado por Gilberto Kassab. A mudança partidária vinha sendo especulada há semanas e representa mais uma baixa relevante na legenda tucana, que enfrenta um processo acelerado de esvaziamento político.

Pontos Principais:

  • Eduardo Leite troca o PSDB pelo PSD após 24 anos de filiação.
  • Filiação será formalizada em São Paulo com apoio de Gilberto Kassab.
  • PSDB pode perder todos os governadores eleitos em 2022.
  • PSD amplia força política de olho nas eleições presidenciais de 2026.
  • PSDB negocia fusão com o Podemos para evitar sua desidratação.

O anúncio do novo destino político de Leite será feito em São Paulo, na sede do diretório nacional do PSD. Segundo aliados próximos, a movimentação faz parte de um reposicionamento estratégico do governador, que busca viabilidade para uma possível candidatura à Presidência da República em 2026. Também há quem defenda sua candidatura ao Senado.

A filiação de Eduardo Leite ao PSD marca o início de uma nova fase política para o governador, que deixa o PSDB após mais de duas décadas e mira protagonismo nacional em 2026 - Foto: Mauricio Tonetto / Secom / Governo do RS
A filiação de Eduardo Leite ao PSD marca o início de uma nova fase política para o governador, que deixa o PSDB após mais de duas décadas e mira protagonismo nacional em 2026 – Foto: Mauricio Tonetto / Secom / Governo do RS

Leite justificou a saída em nota pública, afirmando que o cenário político atual impõe novos caminhos e que sua decisão visa ampliar o alcance de sua atuação nacional. O governador citou a necessidade de trabalhar por um Brasil mais justo, eficiente e comprometido com o futuro como fundamentos da mudança.

O movimento de Leite não é isolado. Em fevereiro, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, também deixou o PSDB rumo ao PSD. A expectativa agora gira em torno de Eduardo Riedel, governador do Mato Grosso do Sul, que pode ser o próximo a abandonar o ninho tucano. Ele foi sondado tanto pelo PSD quanto pelo PP.

Com isso, o PSDB corre o risco de perder todos os três governadores eleitos em 2022, o que agravaria ainda mais sua fragilidade institucional. A legenda já negocia uma fusão com o Podemos e conversa com outras siglas, como MDB, Republicanos e Solidariedade, para formar uma federação que garanta sua sobrevivência política.

O PSD, por sua vez, reforça sua musculatura eleitoral com a chegada de Leite. O partido já tem o governador do Paraná, Ratinho Júnior, como pré-candidato ao Planalto e mantém Kassab como figura central nas articulações nacionais, inclusive com possibilidades de apoiar Tarcísio de Freitas caso ele também dispute a Presidência.

Apesar da debandada, lideranças do PSDB tentam minimizar o impacto, alegando que a saída de Leite já era esperada. Internamente, a preocupação real é com a cláusula de barreira nas próximas eleições, que pode impedir o partido de acessar recursos públicos e tempo de TV. Atualmente, o PSDB conta com apenas 13 deputados e 3 senadores eleitos.

Fonte: InfoMoney e Veja.

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