Nikolas Ferreira não costuma ser assunto em blogs de carros, mas desta vez seu vídeo viral sobre fraudes no INSS cruzou a fronteira política e chegou até quem acompanha o noticiário automotivo. Com 100 milhões de visualizações em 24 horas, o conteúdo despertou reações em cadeia, inclusive de lideranças do governo, e trouxe à tona um escândalo bilionário que pode impactar a percepção pública sobre gestão e responsabilidade fiscal — temas que, direta ou indiretamente, também influenciam o setor automobilístico, sobretudo no que diz respeito à confiança do consumidor e aos rumos da economia.
Pontos Principais:
- Vídeo de Nikolas sobre INSS atinge 100 milhões de views em 24h.
- Deputado cobra CPI e relaciona fraudes ao início do governo Lula.
- Gleisi e Lindbergh rebatem e apontam origem no governo Bolsonaro.
- CGU e PF estimam R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos desde 2019.
- Presidente do INSS foi demitido e ministro da Previdência pediu exoneração.
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A conexão entre política e mercado automotivo nem sempre é evidente, mas em tempos de escândalos com cifras bilionárias, como os R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos no INSS, o impacto vai além dos gabinetes. A pressão por investigações e a insegurança fiscal gerada por crises como essa costumam refletir no comportamento de compra, no acesso ao crédito e na estabilidade de políticas públicas que envolvem mobilidade e isenções. Por isso, vale acompanhar com atenção cada nova reviravolta desse caso.
Nikolas pede CPI após vídeo sobre INSS viralizar; PT rebate e responsabiliza Bolsonaro pelas fraudes
O vídeo do deputado Nikolas Ferreira sobre o escândalo de descontos indevidos em benefícios do INSS viralizou com força nas redes sociais, alcançando 100 milhões de visualizações em apenas 24 horas. Com tom crítico ao governo federal, o parlamentar cobrou investigações imediatas e sugeriu que seus seguidores pressionassem os presidentes da Câmara e do Senado para instaurar uma comissão parlamentar de inquérito.
Nikolas relacionou a escalada nos valores descontados a partir de 2023 às mudanças administrativas no governo Lula, mencionando que medidas anteriores, implementadas durante o governo Bolsonaro, teriam sido descontinuadas. O vídeo segue o mesmo formato de outro conteúdo que o deputado havia publicado sobre o caso Pix, também amplamente repercutido.
Na resposta, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, apareceu em vídeo ao lado da ministra Gleisi Hoffmann, argumentando que a operação policial que revelou o esquema começou ainda na gestão petista. Eles reforçaram que o foco da apuração é o período iniciado em 2019, ano ainda sob o governo de Jair Bolsonaro.
De acordo com a CGU e a Polícia Federal, o esquema envolvia descontos associativos não autorizados aplicados a aposentados e pensionistas em todo o país. O montante total retirado de beneficiários pode ter ultrapassado os R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, valor que seria revertido para entidades sem capacidade de prestar qualquer serviço contratado.
A repercussão do caso levou ao afastamento imediato de Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS, que posteriormente foi demitido. Carlos Lupi, ministro da Previdência à época, pediu exoneração no início de maio, intensificando a crise dentro da pasta.
Dados da CGU revelam que os descontos associativos, que somavam R$ 706 milhões até 2022, cresceram 84% em 2023 e quase dobraram novamente em 2024. Esse salto chamou atenção dos investigadores e reforçou a narrativa de que o problema se agravou sob a atual administração.
Apesar das cobranças públicas e da exposição nas redes sociais, ainda não há um plano oficial definido para ressarcimento das vítimas. Nikolas sugeriu que o governo federal use recursos públicos para devolver os valores aos aposentados, o que ainda não foi confirmado ou negado pelo Executivo.
Fonte: CNN, Poder360 e Instagram.
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