Detectar a perda de sensibilidade nos pés diabéticos não é uma tarefa simples e requer avaliação especializada. O diagnóstico de neuropatia diabética – uma das complicações mais comuns da doença – depende de profissionais de saúde com conhecimento específico. Nem todos os médicos estão preparados para realizar esse tipo de avaliação com precisão, o que pode atrasar o início dos cuidados necessários.
Sensibilidade e circulação sob análise
A análise clínica inclui testes específicos para avaliar a resposta dos nervos à pressão e ao toque. Um dos instrumentos mais usados é o monofilamento, uma haste de nylon que aplica leve pressão em diferentes áreas do pé. Se o paciente não sentir o toque, isso pode indicar perda da sensibilidade protetora. Outros exames complementares incluem o uso de diapasão, pinos de temperatura ou mesmo o toque manual para verificar estímulos térmicos e vibratórios.
Além da sensibilidade, é importante avaliar a circulação nos pés. O profissional examina os pulsos nas regiões do tornozelo e dorso do pé, buscando sinais de comprometimento vascular. Quando a irrigação sanguínea está prejudicada, a regeneração dos tecidos é mais lenta e o risco de infecções aumenta, especialmente se houver feridas não percebidas devido à perda de sensibilidade.
Mudanças visíveis que exigem atenção
A observação visual é parte essencial do exame nos pés diabéticos. Deformações nos dedos, calos, ressecamento excessivo ou mudanças na curvatura dos pés podem ser sinais de alerta. Essas alterações, somadas à insensibilidade, criam um ambiente propício para o surgimento de feridas, muitas vezes ignoradas pelo paciente.
Também é preciso investigar sinais de lesões pré-ulcerativas, como áreas de vermelhidão, descamação ou fissuras. Mesmo pequenas, essas lesões podem evoluir para úlceras graves, especialmente em pacientes com circulação comprometida.
A soma de todas essas avaliações permite elaborar um plano de prevenção e tratamento adequado, fundamental para manter a integridade dos pés diabéticos e evitar complicações severas como infecções e amputações.
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