Localizado no coração do Centro do Rio de Janeiro, o Palácio Gustavo Capanema será oficialmente reaberto ao público no próximo dia 20 de maio, após sete anos fechado e quatro anos de obras. O prédio histórico, símbolo da arquitetura modernista brasileira, passará a abrigar um centro cultural com acesso aberto e atividades permanentes ligadas ao Ministério da Cultura.
Pontos Principais:
- Palácio Capanema reabre no Rio como centro cultural após 7 anos fechado.
- Restauração custou R$ 84,3 milhões e preservou elementos históricos.
- Obras de Portinari e jardim de Burle Marx foram restaurados.
- Reinauguração ocorre em meio a greve de servidores do MinC.
A restauração, que custou R$ 84,3 milhões oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), contemplou a recuperação de elementos originais do edifício, que foi tombado em 1948. O projeto é assinado por nomes centrais da arquitetura nacional, como Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, ainda nos anos 1930.
Além de escritórios do Ministério da Cultura, o prédio oferecerá espaços visitáveis ao público. Entre eles, destacam-se o 16º andar, que contará com um café com terraço e vista para a cidade, e o segundo andar, onde está localizado o jardim suspenso projetado por Burle Marx. A proposta é integrar o espaço à vida cultural da cidade.
Também foram restaurados azulejos e afrescos de Candido Portinari e Paulo Osir, incluindo a obra Jogos Infantis Brasileiros. Mobiliário original, luminárias e pisos foram recuperados, ao passo que janelas e estruturas receberam modernizações técnicas para garantir a segurança e funcionalidade.
Durante a cerimônia de reabertura, a ministra Margareth Menezes destacou o valor simbólico e econômico do edifício para a cultura nacional, reforçando o papel do palácio como ponto de referência histórico e artístico. O gabinete da ministra, inclusive, será instalado em uma das áreas abertas à visitação.

Apesar da comemoração, o evento foi marcado por protestos de servidores do Ministério da Cultura, que estão em greve exigindo recomposição de quadro e reajuste salarial. O presidente do Iphan, Leandro Grass, também esteve presente e defendeu o uso coletivo do prédio como forma de preservação ativa.
A ministra reconheceu os desafios internos do ministério, que estaria sendo reestruturado desde 2016. Segundo ela, avanços já foram feitos, especialmente em relação ao plano de carreira e à valorização dos profissionais da cultura pública, mas ainda há um longo caminho a percorrer.
Palácio Capanema
- Endereço: R. da Imprensa, 16 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20030-120
Fonte: G1 e Agenciabrasil.
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