No dia 30 de maio, a Polícia Civil de Sobradinho cumpriu um mandado de busca e apreensão sobre uma investigação que apura um possível atentado a uma escola. A ação foi coordenada pela delegada Graciela Foresti Chagas e levou os policiais até a residência de um adolescente de 15 anos, que mora em Sobradinho e é suspeito de planejar um ataque a um educandário.
O Gabinete de Inteligência Estratégica da Polícia Civil (GI) recebeu um alerta da Embaixada Americana em Brasília. Eles foram notificados pelo Instagram sobre uma movimentação dentro dessa rede social com conteúdo que denotava risco de atos de violência e situações do gênero. O IP, código único que identifica cada dispositivo conectado à internet, de um desses indivíduos, estaria situado no Rio Grande do Sul, no município de Sobradinho. A partir desta informação, o Gabinete de Inteligência notificou a delegacia de Sobradinho com as indicações necessárias. Após, foi representada a busca e apreensão na residência do adolescente. Após o cumprimento do mandado, o adolescente foi ouvido em depoimento, na presença da mãe.
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Em entrevista concedida ao Portal Gaz, a delegada Graciela disse que o adolescente ficou muito surpreso com a abordagem no local, pois ele não imaginava que isso pudesse acontecer. A família do jovem também se demonstrou muito surpresa com a situação, mas que já tinha notado uma mudança de comportamento, pois ele não frequentava a escola há três dias.
A delegada contou que a Polícia avaliou o conteúdo das mensagens, e que por mais que ele tenha feito essas manifestações através da rede social, não tinha alguma circunstância de que ele realmente cometeria o ataque. “Nessas conversas, nesses diálogos, assim, nós não constatamos, nesse momento, nenhuma circunstância que indicasse que ele teria condições efetivas de concretizar os planos que ele descrevia”, explicou.
Segundo ela, a ideia que se tem é que ele mantém diálogo com várias pessoas, o que seria um grupo ou comunidade em que está inserido. “Dá a impressão que eles têm ali uma comunidade, que todos dentro dessa comunidade comungam desse tipo de ideia. Fazem falas nesse sentido. Mas ele, ao que tudo indica, quis se sobressair, dentro do diálogo, dizendo e descrevendo o que e como ele imaginava fazer”, destacou.
Em contato com a direção escolar foi informado que, em alguns momentos, o adolescente havia sido vítima de bullying dentro do ambiente escolar. “O diretor trouxe isso para nós em uma reunião, dizendo que tinha havido uma manifestação dele, de um diálogo dentro da escola, com algumas queixas, no sentido de que ele vinha sendo vítima de alguns tipos de bullying. Mas ele, propriamente, não expressou isso para nós, em depoimento”, afirmou a delegada.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil de Sobradinho.
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