A Câmara de Vereadores iniciou nessa segunda-feira, 6, após muitos debates, um período de testes sobre o horário de início das sessões ordinárias – que são os encontros semanais para a apreciação dos projetos do Executivo e do Legislativo. A reunião começou às 18 horas, assim como será nas outras segundas-feiras de maio.
A avaliação sobre o primeiro dia de teste – entende a presidente da Casa, Nicole Weber (Podemos) – deverá ser feita mais adiante, pois nessa segunda houve diferentes motivos para a presença do público, além do horário alternativo. A constatação deu-se logo no início, quando Nicole apresentou o mecanismo do teste e questionou os eleitores sobre o que os teria levado até o plenário. Parte significativa disse que tinha ido acompanhar as apresentações da Tribunal Popular, espaço destinado às entidades na primeira sessão de cada mês.
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Alguns, no entanto, disseram que compareceram em função do novo horário. Parte deles esteve pela primeira vez no plenário da Câmara. O receio da presidente é que, com o adiantar da hora, as pessoas saiam e não acompanhem momentos importantes, como as votações dos projetos. A avaliação feita pela equipe de servidores, a cada 30 minutos, apontou que no início estavam 64 cidadãos e o ápice se deu às 19 horas, quando contaram 80. Às 20h30 já havia apenas 29, sendo em parte os assessores dos vereadores.
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A manutenção desse horário dependerá de uma série de fatores, além da fluência de pessoas no plenário. A presidente aponta para a questão das sessões solenes, que costumam ocorrer após as ordinárias. Começando às 16 horas, elas eram marcadas para as 19h30 e costumavam atrasar. Agora, estão agendadas para 21h30. “Imagine você que é homenageado convidar seus amigos e familiares para esse horário, com a possibilidade de estender até lá pelas 23 horas. Teremos que observar essa situação”, avaliou Nicole Weber.
Presidente quer maior presença dos cidadãos
O debate sobre o horário de início das sessões vem desde a pandemia do coronavírus. Com a restrição de aglomerações, os encontros do Legislativo passaram para as 16 horas e não retornaram ao que era praticado antes. Na legislatura passada, houve uma sequência de pedidos para que fosse reconsiderado, mas acabou não sendo encaminhado. O ex-presidente Gerson Trevisan (PSDB) chegou a apurar a presença do público em diferentes horários, também percebendo que vai diminuindo conforme o andamento da reunião.
Em encontro no plenarinho, por maioria, os vereadores definiram que, em dia de sessão solene, a reunião ordinária deve começar às 15 horas. No entanto, optaram por fazer esse teste com início às 18 horas. “Mas hoje fica difícil avaliar, porque temos a presença do público que veio acompanhar a Tribuna Popular e dos estudantes da Escola Santa Cruz, que estão fazendo exposição sobre o trabalho análogo à escravidão”, comentou a presidente Nicole Weber.
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Ela entende que muitas pessoas, em enquetes informais realizadas em redes sociais, optam pelo início mais tarde, mas não costumam acompanhar. “É importante que aqueles que defenderam a realização às 18 horas venham para acompanhar os trabalhos dos vereadores. Quem prefere outro horário, como forma de manifestação, pode acompanhar pela internet”, indicou.
Nicole reforçou que a presença do público é importante e pode ser feita até como um programa em família, citando que parte dos cidadãos presentes nessa segunda eram famílias, e das mais variadas idades. “O nosso objetivo é a aproximação com o público, seja por meio da presença aqui ou do acompanhamento pelas redes”, frisou, ao adiantar que os espectadores pelo YouTube também estão sendo contabilizados.
Aproximação com os eleitores
O fato de que muitos dos que acompanharam a sessão nessa segunda foram pela primeira vez, ou porque atenderam ao convite feito para que estivessem no Legislativo às 18 horas, possibilitou o entendimento de que a aproximação e a comunicação da Câmara estão surtindo efeito, acredita a vereadora Nicole Weber. Ela reforçou que tem atuado muito com a imprensa para a divulgação das atividades legislativas.
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Com isso, quem escuta rádio ou lê jornal está ciente do trabalho feito pelos parlamentares, segundo ela.
Além dos veículos tradicionais, a Câmara tem ampliado sua presença digital. Desde que assumiu, a presidente diz ter registrado aumento de mais de 100% do alcance nos espaços digitais de forma orgânica – quando não é feito o pagamento para a plataforma. “As pessoas precisam entender que é por aqui que passam as leis, as ruas que serão pavimentadas, o trânsito. Se você não vem acompanhar, outra pessoa virá e conseguirá encaminhar alguma demanda”, apontou.
O Legislativo vem trabalhando com essa ideia de aproximação e Nicole cita a lei Cidadania Legislativa, que possibilita aos eleitores demonstrarem, no site da Câmara (www.camarasantacruz.rs.gov.br), se são favoráveis ou contrários aos projetos que serão votados na próxima sessão. Essa iniciativa foi de autoria da parlamentar, na legislatura passada, a partir de trabalho feito pelos alunos da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).
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