Estupro de vulnerável: o que se sabe sobre o caso das três crianças resgatadas em casa no norte do estado

Suspeitos foram presos no dia 1º de maio, em Nova Olinda — Foto: Reprodução/Polícia Civil

Três crianças foram resgatadas de uma casa após denúncias de que estavam sendo vítimas de estupro de vulnerável. O caso foi registrado no feriado do dia 1º de maio em Nova Olinda, no norte do estado, e os principais suspeitos pelos abusos são o padrasto, um tio e a própria mãe, que não protegeu as filhas, segundo apontou investigação.

Diante das informações repassadas pela Polícia Civil, confira detalhes sobre o que se sabe até o momento com relação ao caso. Confira:

Qual a idade das vítimas?

As crianças têm 6, 7 e 10 anos de idade. Elas moravam em uma casa localizada na zona rural de Nova Olinda. Na casa também estavam a mãe das meninas, de 25 anos, o padrasto, de 40, e o irmão do padrasto, que também foi preso e tem 37 anos.

Os presos não tiveram os nomes divulgados.

Como era a casa da família?

De acordo com a Polícia Civil, a casa em que as meninas foram encontradas estava em péssimas condições e parecia um ‘cativeiro’. Os abusos supostamente eram praticados em um dos quartos da casa. O cômodo apresentava tecidos e brinquedos espalhados pelo chão, além de um colchão e travesseiros encardidos.

“A gente conheceu a casa em que elas estavam e a gente não pode nem chamar aquilo de casa, parecia mais um cativeiro. O cômodo em que as crianças ficavam era extremamente sujo e pequeno. Enfim, era um ambiente inóspito”, lamentou o delegado Fellipe Crivelaro, responsável pela investigação.

Como a polícia soube do caso?

Denúncias de que as crianças sofriam abusos sexuais foram feitas ao Conselho Tutelar de Nova Olinda. No fim do mês de abril, a Polícia Civil foi informada e passou a investigar a situação da família.

“Havia uma residência na zona rural da cidade em que três meninas estariam sendo vítimas de violência sexual praticadas supostamente pelo padrasto, pelo irmão do padrasto e com a conivência da mãe. Diante da gravidade dos fatos foram tomadas as providências”, explicou Crivelaro.

Como foi o dia do resgate?

Resgate das crianças e as prisões foram realizadas nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 1º – Foto: Divulgação/Polícia Civil do Tocantins

Na manhã de quinta-feira, feriado de 1º de maio, Dia do Trabalhador, equipes da 33ª Delegacia de Polícia de Nova Olinda, com apoio da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos (DRR – Araguaína), deram andamento à operação de resgate das crianças.

As meninas foram retiradas da casa e os policiais cumpriram três mandados de prisão preventiva contra os suspeitos. Eles vão responder por estupro de vulnerável.

Exames confirmaram os estupros?

Sim. Segundo a Polícia Civil, as crianças passaram por exames periciais e todas as três tiveram resultado positivo para conjunção carnal. Inclusive, o delegado explicou que uma das meninas estava tão ferida nas partes íntimas que dificultou a realização do exame no Instituto Médico Legal.

Para onde as crianças foram levadas?

As meninas foram encaminhadas pela equipe policial até um abrigo em Araguaína, norte do estado. O alívio foi tão grande que assim que chegaram ao local, até passaram a brincar.

“No momento em que chegaram na casa, elas ficaram muito felizes, começaram a brincar e deu para perceber que elas queriam mesmo era fugir daquele ambiente muito angustiante”, afirmou Crivelaro.

O que aconteceu com os suspeitos?

Após o cumprimento dos mandados de prisão, mãe, padrasto e tio foram levados para a 5ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Araguaína. Depois dos procedimentos na delegacia, os dois homens foram encaminhados para a Unidade Prisional de Araguaína e a mulher para a Unidade Penal Feminina de Ananás, onde permanecerão à disposição do Poder Judiciário.

Quais os próximos passos da investigação?

O caso segue em investigação e os suspeitos passaram por interrogatório. O Tribunal de Justiça foi questionado sobre audiência de custódia dos suspeitos, mas afirmou que o caso está sob sigilo. As crianças também vão precisar ser ouvidas por meio de escuta especializada.

Tanto o padrasto e o tio quanto a mãe vão responder pelo crime de estupro de vulnerável. No caso da mãe, ela também vai responder pelo mesmo crime, pelo fato de não ter impedido os abusos na condição de garantidora das crianças, informou a Polícia Civil.

Fonte: g1 Tocantins

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