O Jeep Compass passará por uma transformação significativa em sua nova geração, com previsão de lançamento na Europa ainda em 2025 e chegada ao mercado brasileiro em 2026. A mudança marca uma ruptura importante com a arquitetura anterior, refletindo uma nova fase da Stellantis para sua linha de SUVs médios. A terceira geração do modelo terá como base a plataforma STLA Medium, já utilizada por outras marcas do grupo, como Peugeot e Citroën.
Pontos Principais:
- Compass 2026 será o primeiro Jeep com a plataforma STLA Medium.
- Versão elétrica terá até 700 km de autonomia e carga rápida em 27 minutos.
- Produção começa na Itália em 2025 e será nacionalizada em 2027.
- Interior redesenhado traz painel integrado e novos materiais.
A adoção da nova base estrutural representa uma estratégia de unificação que permitirá à Jeep oferecer uma ampla gama de motorizações, incluindo versões eletrificadas e com motores a combustão. Essa flexibilização tecnológica visa atender a diferentes mercados e legislações ambientais, com variações que vão desde híbridos leves até modelos 100% elétricos. A produção do modelo começará pela fábrica da Stellantis em Melfi, na Itália, e posteriormente será nacionalizada no Brasil, em Goiana (PE), com início previsto para 2027.
Visualmente, o Compass 2026 segue uma linguagem de design reformulada. A carroceria adota linhas mais retas, com iluminação em LED e novos elementos visuais na dianteira e na traseira. A grade passa a contar com iluminação integrada, e as lanternas traseiras ganham uma barra luminosa horizontal com o nome da marca. No interior, a atualização inclui novos materiais, painel digitalizado e central multimídia integrada, com alterações também no console e nos bancos, que passam a ser oferecidos com revestimento em dois tons.
Plataforma e motorização

A mudança para a plataforma STLA Medium abre espaço para novos conjuntos mecânicos no Compass. Essa base substitui a antiga Small Wide 4×4 e oferece suporte a múltiplos tipos de motorização. Um dos destaques será a versão totalmente elétrica, com arquitetura de 400 volts, bateria de até 97 kWh e autonomia estimada de até 700 km no ciclo WLTP. O modelo também promete recarga de 20% a 80% em cerca de 27 minutos, por meio de carregadores rápidos.
Além da versão elétrica, estão previstas variações híbridas, incluindo sistemas MHEV e PHEV, bem como motores a combustão com aprimoramentos para manter competitividade. No Brasil, duas motorizações são esperadas inicialmente: o motor 2.0 turbo a gasolina com 272 cv e o motor 1.3 turbo de até 176 cv associado a um sistema híbrido. Essa variedade permitirá que o modelo atenda tanto ao mercado tradicional quanto ao público em transição para alternativas eletrificadas.
A utilização da plataforma STLA Medium também influenciará o comportamento dinâmico do Compass, com promessas de maior rigidez estrutural e possibilidade de tração nas quatro rodas em versões híbridas e elétricas. A base compartilhada com modelos como o Peugeot 3008 e o Citroën C5 Aircross demonstra a padronização de engenharia dentro da Stellantis para reduzir custos e facilitar a produção global.
Design e dimensões

O novo Compass trará mudanças visuais evidentes, com traços que atualizam a linguagem estética da marca. O desenho frontal incorporará faróis full LED mais estreitos e grade redesenhada com elementos iluminados. A traseira acompanhará essa evolução, utilizando lanternas interligadas por uma faixa de LED, reforçando a simetria entre os elementos visuais dianteiros e traseiros.
A carroceria crescerá em todas as dimensões. O comprimento passará a ser de 4,54 metros, enquanto a largura chegará a 1,89 metro. O entre-eixos será ampliado para 2,74 metros, proporcionando maior aproveitamento do espaço interno, tanto para os passageiros quanto para o compartimento de bagagens. Essas alterações têm como objetivo melhorar o conforto e a habitabilidade, um ponto importante em um segmento cada vez mais competitivo.
Internamente, a cabine será completamente renovada. A central multimídia será integrada ao painel de instrumentos digital, que passará a ser uma peça única. O console central elevado trará novo seletor de marchas em forma de botão, substituindo a alavanca convencional. Os bancos também passarão a ter nova ergonomia e materiais de revestimento, com opções em dois tons. Os comandos e interfaces visuais foram redesenhados para tornar a experiência de condução mais intuitiva.
Mercado e produção

A estreia do Compass 2026 ocorrerá primeiro na Europa, com produção centralizada na planta de Melfi, que já atende diversos modelos da Stellantis. A chegada ao Brasil está prevista para o ano seguinte, e a produção local começará em 2027 na fábrica da Jeep em Goiana, Pernambuco. Essa fábrica já é responsável pelas versões atuais do Compass, além do Renegade e do Commander.
O lançamento no Brasil abrangerá inicialmente versões com motores térmicos e híbridos, de forma a manter o volume de vendas em um segmento dominado por modelos flexíveis. A versão 100% elétrica deverá chegar em uma fase posterior, dependendo da evolução da infraestrutura de recarga no país e da demanda local por esse tipo de veículo. A estratégia permitirá que a Jeep mantenha presença no mercado com uma gama diversificada.
Com a adoção da nova plataforma e motorização elétrica, a Jeep reposiciona o Compass como um modelo alinhado às exigências ambientais e às transformações tecnológicas do setor automotivo. A expectativa é que o modelo mantenha a liderança entre os SUVs médios, enfrentando concorrentes já eletrificados, como Toyota Corolla Cross Hybrid, GWM Haval H6, BYD Song Plus e outros que devem chegar até 2026.
Fonte: Clubalfa, Carlelo e QuatroRodas.
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