Febre aftosa

A febre aftosa é uma zoonose, uma doença que infecta animais de forma geral, portanto. A enfermidade compromete a produção de carne e leite dos animais com dois cascos como os bovinos, bubalinos, suínos, caprinos e ovinos, além de também afetar os animais silvestres com a mesma característica, tais como javalis e veados.

É rara e menos gravosa a contaminação de equinos e de humanos, conquanto os sete tipos do vírus transmissor da febre aftosa (e as variantes de cada qual) sejam transmissíveis de diversas formas. São múltiplas, também, as formas de contágio.

Exatamente pela diversidade de cepas virais, potencializada pelas variantes de cada tipo, é problemático o tratamento da febre aftosa, pois é difícil identificar o agente patológico de um caso isolado. Uma vez confirmado um caso, é obrigatória a notificação da ocorrência da doença para a Inspetoria Veterinária, pois deve ser criado um perímetro de isolamento da propriedade rural, deve ser procedido o sacrifício dos animais contaminados, entre outras providências.

Como ocorre em todas as doenças, a melhor forma de controle é a prevenção. Existem vacinas, especialmente para bovinos, que ajudaram a consagrar a excelência na segurança sanitária da pecuária brasileira. A propósito, se tudo seguir como está, a obrigatoriedade da vacinação contra a febre aftosa tende a ser suspensa em todo o Brasil já neste ano ou em 2026, quando serão completados 20 anos do registro do último caso da doença em nosso país.

Deve-se aplaudir de pé o capricho dos pecuaristas brasileiros, cujo incansável e resiliente trabalho há tempos merece o reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), consagrando o Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Na Europa, depois de 50 anos sem casos confirmados, a febre aftosa voltou com tudo.
Os primeiros diagnósticos ocorreram em janeiro deste ano, em 14 búfalos de uma fazenda em Brademburgo, na Alemanha. Em seguida, registros dispararam pelo continente europeu.

Mais de 10 mil suínos foram abatidos preventivamente na Hungria, país que fechou algumas fronteiras com Áustria e Eslováquia, onde a situação também está alarmante. No total, até o fechamento desta coluna, foram abatidos mais de 26 mil animais na Europa como tentativa de frear a disseminação da febre aftosa.

É possível que esse cenário ocasione aumento na demanda de carne, laticínios e outras commodities brasileiras, aumentando o preço de tais produtos também no mercado interno, especialmente no segundo e terceiro trimestres de 2025.

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