A vida além das telas 

Recentemente, coloquei à prova o meu uso das redes sociais. Fiz um detox digital que durou um pouco mais de 40 dias. Usei a ferramenta “tempo de uso” do meu celular e limitei o acesso por duas horas diárias. Apesar de ainda parecer bastante tempo de uso, ter uma limitação foi chato. Para quem navegava pelas redes sociais o tempo que quisesse, receber a notificação de que havia chegado ao limite de duas horas era um tanto frustrante. 

Porém, conforme os dias foram passando, fui diminuindo a necessidade de me manter sempre conectada, e a notificação já não me incomodava tanto. Surpreendentemente, fui ocupando minha cabeça com outras atividades. Consegui me concentrar mais nas minhas leituras, organizei algumas coisas que precisava e fui mais proativa. 

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Além disso, deixei meu celular de lado para ter mais momentos de qualidade com a minha família. No fim do período de limitação, me senti feliz por ter seguido rigorosamente o que me propus a fazer. Também acabei percebendo o efeito nocivo das redes sociais quando usadas de forma exagerada. A gente nem se dá conta, mas acaba trocando muitos momentos pela escolha de ficar rolando a tela do celular, numa busca incessante por conteúdos variados.

Não conseguimos mais sentir tédio ao longo do dia, porque qualquer pausa vira motivo para checar as redes sociais. É muito comum ir a um restaurante e ver pelo menos uma pessoa de uma mesa qualquer conferindo o celular, enquanto a outra espera pacientemente. Também se tornou “normal” notar alguém com a tela do celular acesa durante uma sessão no cinema, mesmo que isso atrapalhe outras pessoas. No trânsito é igualmente comum ver alguém distraído no celular, perdendo o tempo do semáforo. 

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Diante da era digital em que vivemos, é inegável a influência do celular na rotina, desde as tarefas mais simples até as mais complexas. Eu mesma sou adepta dessa tecnologia e uso as redes sociais e outros aplicativos no meu celular. Porém, a sensação de recompensa causada pelas redes – fenômeno associado à liberação de dopamina no cérebro – pode levar a um comportamento viciante, o que é preocupante.

Será que realmente vale a pena abrir mão de momentos da vida, para ficar checando o celular e as redes sociais o tempo todo? É difícil se desvencilhar do mundo digital, mas também é difícil sentir que está sempre perdendo algo. Cada escolha, uma consequência. 

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