Hospitais infantis registram aumento de casos de doenças respiratórias; leitos são ampliados por causa da alta demanda


Belo Horizonte registrou mais de 1.100 pedidos de internações de crianças de 1 a 14 anos este ano, além de outras 635 solicitações para bebês com menos de um ano. Hospital de BH aumenta número de leitos pediátricos
O aumento de casos de doenças respiratórias em crianças neste outono tem lotado os atendimentos pediátricos em Belo Horizonte. Desde o início de abril, a Prefeitura de BH abriu 10 novos leitos no Hospital Metropolitano Odilon Behrens para reforçar a assistência.
A medida foi tomada após a capital após registrar mais de 1.100 pedidos de internações de crianças de 1 a 14 anos este ano, além de outras 635 solicitações para bebês com menos de um ano.
Nesta semana, a auxiliar administrativa Isadora Oliveira, que levou o filho Gael, de 1 ano e 3 meses, ao hospital, relatou que esperava atendimento há mais de quatro horas. O menino apresentou febre e dificuldade para respirar e, mesmo após passar pelo Centro de Saúde São Cristóvão, não melhorou.
“Está muito cheio. É angustiante ver ele assim e não conseguir atendimento rápido”, disse a mãe.
Leitos infantis
No setor de pediatria do Hospital Odilon Behrens, de cada 10 leitos infantis, 7 estão ocupados atualmente.
São 146 vagas ao todo ara atender as crianças, mas a preocupação com o aumento de casos de doenças respiratórias fez a prefeitura abrir mais 10 leitos de apoio ao período sazonal. Esse número, caso seja necessário, pode ser ampliado para 20, segundo a direção.
Já em Betim, na Região Metropolitana da capital, a prefeitura decretou estado de emergência em saúde por causa do grande número de casos de síndrome respiratória aguda grave em crianças.
As unidades de atendimento Teresópolis, Norte, Alterosas e PTB já operam com lotação máxima e não há mais vagas de internação infantil no Hospital Regional de Betim e no Centro Materno-Infantil. O município afirmou que vai contratar mais médicos e ampliar mais quatro vagas no Centro de Terapia Intensiva (CTI).
Postos de saúde
Em BH, os casos leves devem ser encaminhados a um dos 153 centros de saúde. Casos graves devem ser levados às UPAs Barreiro, Leste, Nordeste, Norte, Oeste e Venda Nova, que contam com médicos pediátricos.
Já o Hospital Infantil João Paulo II, da Fhemig, também reforçou a assistência com a abertura de 12 leitos semi-intensivos neste mês de abril, além dos 16 leitos de UTI pediátrica já existentes.
De janeiro a abril deste ano, Belo Horizonte registrou:
635 solicitações de internações de bebês com menos de um ano;
612 de crianças de 1 a 4 anos;
413 de crianças de 5 a 9 anos;
157 de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
A Prefeitura alertou para a baixa adesão à campanha de vacinação contra a gripe. Até agora, apenas cerca de 10 mil crianças de 6 meses a menores de 6 anos foram imunizadas — o que representa menos de 7% do público-alvo.
A vacinação está disponível nos 153 centros de saúde da capital e em postos extras.
Aumento de casos de doenças respiratórias faz aumentar leitos
Reprodução/TV Globo
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