Após Santa Cruz do Sul ter ficado na posição 390 entre os 497 municípios do Rio Grande do Sul no ranking dos Índices Municipais de Educação (Imers) em 2024, a Prefeitura trabalha para reverter o cenário nas escolas do município. Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, a subsecretária municipal de Educação, Juliana Sehnem, garantiu que as instituições com índices mais baixos estão sendo mapeadas e receberão maior atenção por parte do poder público.
Em um primeiro momento, essas escolas receberão professores para reforço na aprendizagem, função cuja falta foi sentida em outros anos. Também estão sendo adquiridos jogos pedagógicos, que poderão auxiliar no processo. “Nessas avaliações externas, o que está em jogo é a aprendizagem. Se o aluno sabe, ele vai bem. Então por isso que a gente tem se debruçado muito sobre isso. Não adianta ter o dado e só olhar para ele, não fazer nada”, destaca Juliana, que reforçou a importância da secretaria ser parceira das escolas para garantir uma melhora do cenário.
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Para além de uma aprendizagem qualificada, um bom desempenho no Imers também representa um volume maior de recursos que os municípios receberão no rateio do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O Imers é medido pelo Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul (Saers) de 2023, que também baseia quais escolas da rede pública receberão recursos do Programa Estadual de Apoio à Alfabetização (Alfabetiza Tchê). O valor é decidido pelo Índice de Qualidade de Alfabetização (IQAe), que avalia o resultado dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental nas provas de Língua Portuguesa. No fim de março, o governo do Estado anunciou as 200 escolas premiadas, com os resultados mais positivos; e as 200 que precisarão de apoio, com desempenhos menos promissores.
Santa Cruz do Sul emplacou duas escolas entre as 200 melhores, sendo ambas da rede estadual; no entanto, seis aparecem entre as 200 que precisarão de atenção. Cinco delas são da rede municipal: a Emef Harmonia, com índice de 40,9; a Emef Dr. Guilherme Alfredo Oscar Hildebrand, com 40,54; a Emef Santuário, com 39,66; a Emef Menino Deus, com 38,86; e a Emef Professor José Ferrugem, com 35,71. Para Juliana, essa é uma situação que envergonha a secretaria.
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A secretária de Educação, Jane Sabin, também apontou que, nos primeiros 100 dias à frente da pasta, não foi possível entregar uma melhora significativa nessa questão devido à falta de professores no início do ano letivo. “A gente tinha como meta não faltar ninguém. O nosso projeto de lei, que foi encaminhado para a Câmara, zerava. Não faltaria professor em nenhuma escola. Mas depois dessa aprovação teve 60 demissões e em três escolas a gente não conseguiu suprir”, explica. Ela conta que a situação saiu da rota da secretaria e dificultou o andamento de outros projetos.
Além do Imers, que é medido anualmente, em 2025 também serão aplicadas as provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que resultam no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Na última edição, realizada em 2023 e divulgada no ano passado, a rede municipal de Santa Cruz do Sul apresentou melhora: a nota nos anos iniciais do Ensino Fundamental passou de 5,7 para 6,1; enquanto nos anos finais, foi de 4,6 para 4,8.
Confira a entrevista completa com Jane Sabin e Juliana Sehnem:
Colaboraram Carina Weber e Marcio Souza
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