As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre o público feminino, superando até mesmo o câncer. Apesar da gravidade, os sintomas nem sempre são prontamente reconhecidos, tanto pelas pacientes quanto pelos profissionais de saúde, o que pode atrasar o diagnóstico e comprometer o tratamento adequado.
Diferentemente dos homens, que costumam relatar uma dor intensa no peito, as mulheres podem apresentar sinais menos típicos, como falta de ar, fadiga excessiva, enjoo, tontura e dores nas costas ou no maxilar. Algumas sentem dor torácica associada ao repouso, ao sono ou ao estresse emocional. Essas particularidades tornam essencial a conscientização sobre os sinais das doenças cardiovasculares nas mulheres, pois manifestações atípicas podem retardar a busca por atendimento médico e impactar as decisões clínicas.
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Segundo o cardiologista e vice-presidente do Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul (Socergs), André Luis Câmara Galvão, o risco cardiovascular feminino tende a aumentar após a menopausa. Durante a fase reprodutiva, os hormônios femininos exercem um efeito protetor sobre o sistema cardiovascular. No entanto, com a queda dos níveis de estrogênio, há um aumento da rigidez arterial e da predisposição à hipertensão, além de outros fatores que elevam as chances de desenvolvimento de doenças cardíacas.
O presidente do Socergs, Daniel Souto Silveira, destaca a importância das recentes diretrizes médicas sobre o tema. “A redução dos hormônios, principalmente do estrogênio, está associada ao acúmulo de gordura abdominal e ao maior risco de diabetes e problemas cardíacos. Além disso, o envelhecimento vascular das mulheres pós-menopausa provoca maior rigidez arterial, elevando os índices de hipertensão. Um dos debates dessa diretriz é a segurança da reposição hormonal, que foi bastante questionada no passado. Hoje, estudos mais recentes demonstram que a reposição pode trazer benefícios, reduzindo sintomas como alterações de humor e os conhecidos calorões”, explica o especialista.
Além do controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e da glicemia, hábitos saudáveis como alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e gerenciamento do estresse contribuem significativamente para a redução dos riscos. Questões como complicações na gravidez, histórico de doenças autoimunes e efeitos de tratamentos oncológicos também devem ser consideradas nas avaliações médicas, pois podem influenciar a saúde cardiovascular feminina.
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