Imperatriz e Viradouro são destaques no 1º dia do Grupo Especial do carnaval do RJ em 2025


Unidos de Padre Miguel e Estação Primeira de Mangueira também passaram pela Sapucaí. Veja vídeos dos desfiles. Marquês de Sapucaí no início da 1ª noite do Grupo Especial
Cristina Boeckel/g1
Unidos de Padre Miguel, Imperatriz Leopoldinense, Unidos do Viradouro e Estação Primeira de Mangueira abriram os desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro neste domingo (2).
Nenhuma das escolas estourou o tempo dos desfiles, respeitando os 80 minutos. No entanto, o som falhou em ao menos três momentos, no desfile de três escolas: Unidos de Padre Miguel, Imperatriz Leopoldinense e Mangueira.
FOTOS: Rainhas, musas e madrinhas de bateria da 1ª noite de desfiles
FOTOS: Destaques da primeira noite de desfiles de Carnaval no Rio de Janeiro
VÍDEO: ‘Atenção, Sapucaí!’ Veja o anúncio da vitória do Brasil no Oscar
Na segunda (3), desfilam na Sapucaí mais quatro escolas: Unidos da Tijuca, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Salgueiro e Unidos de Vila Isabel. Na terça (4) será a vez de Mocidade Independente de Padre Miguel, Paraíso do Tuiuti, Acadêmicos do Grande Rio e Portela.
A apuração das escolas de samba do Rio de Janeiro acontece na quarta-feira (5).
Desfiles do 1º dia
Unidos de Padre Miguel
Imperatriz Leopoldinense
Unidos do Viradouro
Estação Primeira de Mangueira
Unidos de Padre Miguel
A escola comemorou seu retorno para o carnaval carioca após 52 anos com o enredo “Egbé Iyá Nassô”, uma homenagem à trajetória de Iyá Nassô, Francisca da Silva, figura fundamental na história do candomblé no Brasil.
O desfile destacou momentos importantes da vida e da luta de Iyá Nassô, enfatizando sua relevância na cultura afro-brasileira, protagonismo feminino negro e ressaltando a força das mulheres negras na construção da identidade nacional. A bateria também reforçou esse protagonismo feminino, com 40 mulheres ritmistas.
A Unidos de Padre Miguel levantou a Sapucaí com seu samba. Um dos destaques da UPM foi o abre alas, com três carros acoplados representando o império de Oyó. Outro carro da escola soltou cheiro de colônia durante o desfile, usado em banhos de ervas.
Jéssica Ellen é destaque da comissão de frente da UPM
Comissão de frente da Unidos de Padre Miguel tem Jéssica Ellen representando Marcelina de Obatossi
Imperatriz Leopoldinense
A atual vice-campeã busca o 10º título em 2025 com o enredo “Ómi Tútú ao Olúfon – água fresca para o Senhor de Ifón”, que conta a visita de Oxalá ao reino de Oyo, governado por Xangô. Na jornada, após descumprir os conselhos de um babalaô para desistir da viagem e de fazer oferendas a Exu, Oxalá enfrenta uma série de obstáculos, que resultam na prisão do orixá.
A Imperatriz Leopoldinense levantou a arquibancada e fez o público cantar do começo ao fim. Da comissão de frente ao último carro, a agremiação contou a história de Oxalá até Xangô e os percalços enfrentados por Oxalá ao se recusar a fazer oferendas a Exu.
O abre-alas apresentou um tributo ao senhor de Ifón. No segundo carro, a espera de Exu pela oferta de Oxalá, que não veio. O último carro trouxe a purificação de Oxalá. Na bateria, os 250 ritmistas representaram Oxalá, com um fardo de sal nas costas, mais uma provocação de Exu.
Rainha faixa-preta: Maria Mariá ensina taekwondo às crianças do Alemão
Comissão de frente da Imperatriz se apresenta na Sapucaí
Unidos do Viradouro
A atual campeã do carnaval carioca trouxe para a Sapucaí a história de Malunguinho, grande herói do século 19, líder do Quilombo do Catucá, no Norte de Pernambuco. O enredo “Malunguinho: o Mensageiro de Três Mundos” mergulha na luta por liberdade e resistência, trazendo um forte diálogo entre culturas afro e indígena.
A escola abusou de efeitos holográficos que representaram a chave do cativeiro do catimbó, enquanto a comissão de frente trouxe drones que lançaram chapéus ao ar em meio a labaredas reais e fogo cenográfico.
A bateria pesadíssima da Viradouro, com 282 ritmistas, fez um percurso vibrante e sua rainha Erika Januza brilhou com uma fantasia dourada exalando fumaça.
Erika Januza faz questão de brincar o carnaval acima de tudo: ‘Eu me divirto como se fosse a primeira vez’
Comissão de frente da Viradouro tem efeitos especiais como fogo, fumaça e chapéus voadores
Estação Primeira de Mangueira
Última escola a entrar na Sapucaí, a Mangueira celebrou a contribuição dos povos bantos, de Angola, para a cultura, sociedade e religião do Rio de Janeiro, com o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”.
A comissão de frente trouxe três momentos: a alegria da vida na África, o sofrimento da escravidão e o renascimento no Rio de Janeiro, com os “crias” dançando passinho e pipas em drones, símbolos das comunidades cariocas e parte da herança banto da cidade.
O público cantou o samba do início ao fim do desfile e acompanhou a bateria, que misturou ritmos, indo do funk para a macumba. A ala “Palavra Plantada” celebrou de forma majestosa a influência banta da língua portuguesa no Rio de Janeiro e o “pretuguês”, trazendo espadas de Santa Bárbara e palavras como “bamba”, “bunda”, “pinga”, “cuíca” e “xodó” nos figurinos.
Evelyn Bastos ressalta importância dos enredos com temática afro
Pipas em drones da Mangueira chamam a atenção na Sapucaí
Adicionar aos favoritos o Link permanente.