VÍDEO: nova espécie de réptil anterior aos dinossauros é descoberta em Paraíso do Sul

Vídeo mostra uma representação do Retymaijychampsa beckerorum | Crédito: animação por Lucas Mateus e modelo 3D por Caio Fantini

Antes que os dinossauros dominassem o planeta, uma diversidade de outros répteis ocupava os ecossistemas da Era Mesozoica. Por volta de 237 milhões de anos atrás, os dinossauros eram representados por espécies precursoras, que não eram tão diversas nem abundantes. Em contraste, diversos grupos de organismos já estavam bem estabelecidos.

Muitos pertenciam à linhagem que daria origem aos jacarés e crocodilos atuais, enquanto outros faziam parte do grupo que eventualmente deu origem aos mamíferos. Além disso, havia linhagens únicas que surgiram e desapareceram. Entre elas, destaca-se o grupo chamado de Proterochampsidae, composto por várias espécies de répteis carnívoros que habitaram a região que corresponde à América do Sul entre 237 e 228 milhões de anos atrás. 

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O novo fóssil foi entregue ao Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta da Colônia da Universidade Federal de Santa Maria (Cappa/UFSM) em janeiro de 2024 por meio de uma doação. No centro de pesquisa, os materiais ficaram sob os cuidados do paleontólogo Rodrigo Temp Müller, que iniciou o trabalho de preparação e limpeza dos fósseis. Por estarem envoltos por uma camada espessa de rocha, os elementos precisaram ser preparados com o uso de marteletes pneumáticos e ácido. Durante essa etapa, o paleontólogo identificou algumas espécies ainda desconhecidas, dentre elas o fóssil de uma perna completo e articulado. 

Paleontólogo Rodrigo Temp Müller com o fóssil do Retymaijychampsa beckerorum | Foto: Janaína Brand Dillmann

Esse grupo de répteis ocupa uma posição crucial na árvore evolutiva. Dessa forma, compreender a evolução é fundamental para esclarecer quais características podem ter contribuído para o sucesso evolutivo desses grupos durante a Era Mesozoica. No entanto, os fósseis da espécie ainda são relativamente escassos, especialmente aqueles que preservam as partes do esqueleto responsáveis pela locomoção. Já um novo achado traz mais dados para essa questão e ajuda a preencher uma lacuna que existia na árvore evolutiva dos proterochampsídeos.

O material em questão apresentava uma constituição peculiar, sendo mais robusto do que normalmente se esperaria para um animal daquele tamanho. Ao comparar as características ósseas da perna fossilizada, foi possível constatar que se tratava de um proterochampsídeo, mas diferente de todos os outros já conhecidos. Assim, o fóssil foi reconhecido como uma nova espécie e recebeu o nome de Retymaijychampsa beckerorum em um estudo publicado no periódico científico Acta Palaoentologica Polonica nesta terça-feira, 25.

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O estudo foi conduzido pelo paleontólogo da UFSM Rodrigo Temp Müller. A pesquisa recebeu apoio do CNPq e INCT Paleovert. O artigo intitulado “A new proterochampsid archosauriform from the Middle–Upper Triassic of Southern Brazil” foi publicado no periódico Acta Palaeontologica Polonica e pode ser acessado gratuitamente através do link.

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