Formalização dos charters garante isenção de impostos e impulsiona turismo náutico

A regularização dos charters náuticos como atividade turística traz benefícios diretos para operadores, turistas e para o desenvolvimento da infraestrutura náutica no Brasil. Uma das principais vantagens é que as embarcações registradas na Marinha como transporte aquaviário não estarão sujeitas ao novo imposto “IPVA”, previsto na reforma tributária.

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Esse enquadramento representa uma economia significativa para quem trabalha com passeios, transfer e fretamento de embarcações, além de proporcionar maior segurança jurídica para a operação.

 

A formalização também inclui a habilitação correta dos condutores, com o Curso Especial para Tripulação de Embarcações de Passageiros (ESEP), essencial para garantir padrões de qualidade e segurança no setor.

Foto: rawf8/ Envato

Outro ponto fundamental da regularização é a inclusão dos operadores no CADASTUR, o cadastro oficial do Ministério do Turismo, que oferece diversas vantagens:

  • Isenção do “IPVA”, assegurada pelo enquadramento na categoria de transporte aquaviário;
  • Acesso a programas de financiamento e incentivos públicos;
  • Maior credibilidade e visibilidade, facilitando parcerias e captação de clientes;
  • Possibilidade de participação em eventos e capacitações exclusivas para o setor.

Além dos benefícios individuais para os operadores, a regularização dos charters fortalece o desenvolvimento da infraestrutura náutica, pois o reconhecimento do turismo náutico como atividade econômica relevante atrai investimentos públicos e privados para marinas, píeres e terminais de embarque e desembarque.

Foto: Unai82/ Envato

Quanto mais formalizado o setor, maior será a capacidade de atrair recursos e estruturar destinos turísticos de forma sustentável.

Em alguns municípios, pescadores artesanais já estão aderindo a essa regulamentação, registrando suas embarcações como transporte aquaviário para atuar no turismo nos períodos de defeso. A medida amplia suas oportunidades de renda e diversifica a economia local.

Foto: wirestock/ Envato

Para viabilizar essa formalização, recomenda-se que operadores busquem capacitação no Curso MAC2, que já inclui o ESEP, podendo ser disponibilizado por prefeituras em parceria com o Instituto Federal e outras instituições.

 

Mestre em Comunicação e Gestão Pública, Bianca Colepicolo é especialista em turismo náutico e coordena o Fórum Náutico Paulista. Autora de “Turismo Pra Quê?”, Bianca também é consultora e palestrante.

 

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