Uma nação à deriva

Os três poderes de Estado, notadamente no âmbito federal, sucumbiram. A decadência institucional atingiu tal ápice que sucedem-se os abusos, as omissões e as invasões de competências.

Ainda que eleitos pelo povo, os partidos e os membros do Poder Legislativo transformaram-se em caricaturas. Hoje, focados “exclusivamente” no acesso às verbas orçamentárias (às vezes, em modo “chantagista”) e na apropriação dos infames fundos Eleitoral e Partidário.

Igualmente eleito, o Poder Executivo é um elefante numa sala de cristais. Pródigo em arrecadar, mas incompetente e irresponsável na administração e na aplicação do dinheiro público. Inacreditavelmente, em modo ufanista e caricato mantém-se o culto à personalidade, impulsionado pelos ensaios tribais.
Finalmente, o Poder Judiciário (especialmente o Supremo Tribunal Federal – STF), o único dos três poderes de Estado cujos membros não são eleitos pelo povo. E sem mandato pré-fixado, salvo o limite de idade (75 anos).

Esse privilégio lhes garante uma certa “imunidade”, porém com a exigência e a responsabilidade de discrição, regularidade e eficácia. Afinal, é uma corte constitucional, com deveres de afirmar e garantir a segurança jurídica.

Infelizmente, a segurança jurídica já não existe mais, tamanhas e repetitivas são as invasões de competências institucionais alheias, as ações, as omissões e os abusos legais e comportamentais (abundantes em vedetismo pessoal!) que minimizam e menosprezam a liturgia do cargo.

Porém, há algo maior e nefasto em curso e repetição. Não bastassem os indicadores negativos em educação, saúde e segurança pública, especialmente, transcorre uma apropriação feudal do dinheiro público pela elite estatal, a pretexto de inúmeros “penduricalhos” e absurdos privilégios.

Ainda que os raros portais de transparência dos poderes de Estado dificultem o amplo e facilitado acesso e conhecimento popular, continua possível localizar e desvendar os milionários e escandalosos saques financeiros.

Todavia, intocáveis institucionalmente e “amparados” pela ignorância e humildade popular, prevalecem a hipocrisia e o pouco caso. E ainda há quem fale em “estado democrático e de direito”, cinicamente.
Em resumo, somos uma nação à deriva!”

Enquanto isso…

“O STF (Supremo Tribunal Federal) gastou R$ 38.475,00 em 100 gravatas personalizadas com a logo da Corte para presentear autoridades visitantes. Cada uma custou R$ 384,75.“

A frase é do “site” Poder360, mas a notícia saiu em todos os meios de comunicação. Repito, somos uma nação à deriva, mas bem vestida. É o vedetismo fashion!

LEIA MAIS TEXTO DE ASTOR WARTCHOW

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