Obra de duplicação da BR-290 se estende por uma década; entenda

São 115,51 quilômetros de Cachoeira do Sul até a BR-116, em Eldorado do Sul. Quem precisa se deslocar pelo trecho enfrenta a insegurança de um fluxo intenso. São cerca de 25 mil veículos por dia que rodam na BR-290, cujo maior trecho é de pista simples. Apenas 14 quilômetros, entre Pantano Grande e Cachoeira do Sul, estão duplicados e liberados para trânsito.

A duplicação dos mais de 100 quilômetros é um sonho de quem transita por lá e dos moradores dos municípios lindeiros; porém, arrasta-se há anos. O projeto iniciou-se em 2014, ainda no governo da presidente Dilma Rousseff, mas logo foi interrompido pelo presidente Michel Temer quando assumiu em 2017, ano para o qual estava prevista a conclusão dessa obra.

Passados quase 11 anos, a concretização do sonho e a finalização dos trabalhos parecem bem distantes, isso porque poucos trechos já receberam alguma intervenção, como demarcação, base ou asfaltamento.

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Dividido em quatro lotes, de cerca de 30 quilômetros cada, o projeto conta ainda com a previsão de cinco novas travessias urbanas, 12 pontes e dez viadutos. A projeção do Dnit é de que a obra, de em torno de R$ 940 milhões, seja totalmente concluída até 2028.

A Gazeta do Sul percorreu os 115 quilômetros e averiguou que o Lote 1 ainda está sem nenhuma intervenção. Da mesma forma, o Lote 2 conta apenas com pequenas estruturas de três viadutos em Eldorado e Arroio dos Ratos. Questionado sobre a morosidade no reinício e no andamento dos trabalhos nos dois lotes, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informa que está sendo realizada nova licitação para contratar os serviços remanescentes. Os lotes 1 e 2 estão 15% e 10% concluídos, respectivamente.

Já o Lote 3, entre os municípios de Butiá e Pantano Grande, está com algumas frentes de trabalho que realizam preparações iniciais, como escavações, marcações e colocação de base. De acordo com o Dnit, a conclusão das obras nesse lote, que está com 29% dos serviços executados, está prevista para ano que vem.

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Já o Lote 4, cuja maior extensão está no município de Pantano Grande, é o que conta com mais canteiros de obras, estando concluído em 70%. Diversos trechos já estão duplicados, mas boa parte ainda não está liberada, já que pequenas extensões – de um ou dois quilômetros – entre uma e outra pavimentação estão em obras no momento.

Também integrando o Lote 4, a construção de viaduto sobre a RSC-471, em Pantano Grande, está em ritmo acelerado. Máquinas e operários realizam a instalação de vigas. Outro viaduto, de acesso à área urbana, está pronto. Em seguida, em direção a Cachoeira do Sul, está o único trecho onde a duplicação está liberada desde julho do ano passado. Porém, no quilômetro 222 há uma interrupção por causa da construção, em andamento, da ponte sobre o Arroio Tabatingaí.

Conforme o Dnit, a previsão de conclusão do Lote 4 é para o segundo semestre deste ano. Para dar mais segurança e facilitar o fluxo e a dinâmica da rodovia aos usuários, no trecho entre Pantano Grande e São Gabriel, além da duplicação, está prevista a implantação de terceiras faixas.

Lote 1

Em Eldorado do Sul, do quilômetro 112 ao quilômetro 142: 29,7 quilômetros, 15% concluído

  • Viaduto transversal no quilômetro 130,5, em Charqueadas, liberado desde 2021.
Em Eldorado do Sul, do quilômetro 112 ao quilômetro 142: 29,7 quilômetros, 15% concluído

Lote 2

Do quilômetro 142 em Eldorado do Sul, até o quilômetro 172 em Butiá: 30,08 quilômetros, 10% concluído

  • Nenhuma intervenção ao longo de todo o trajeto de 30 quilômetros.
  • Quilômetro 146, em Eldorado do Sul, erguido um pedaço de viaduto.
  • Quilômetro 152, em Arroio dos Ratos, erguido um pedaço de viaduto.
  • Quilômetro 153, em Arroio dos Ratos, no acesso ao Distrito Industrial, erguido um pedaço de viaduto.
Do quilômetro 142 em Eldorado do Sul, até o quilômetro 172 em Butiá: 30,08 quilômetros, 10% concluído

Lote 3

Do quilômetro 172, em Butiá, até Pantano Grande, no quilômetro 199: 27,03 quilômetros, 29% concluído

  • Do quilômetro 172 até o trevo de acesso à cidade de Butiá, no quilômetro 175, operários no trecho, realizando a preparação inicial.
  • Nos cinco quilômetros seguintes (do quilômetro 175 até o quilômetro 180) não há nenhuma intervenção.
  • Do quilômetro 180 até o quilômetro 182, em Minas do Leão, escavações sendo feitas.
  • Do quilômetro 182 até o quilômetro 185, nenhuma intervenção.
  • Do quilômetro 185 até o quilômetro 191, há marcações e uma camada asfáltica.
  • Do quilômetro 191 até o quilômetro 193, sem asfalto.
  • Do quilômetro 193 até o quilômetro 199, duplicação pronta, porém não está liberada.
Do quilômetro 172, em Butiá, até Pantano Grande, no quilômetro 199: 27,03 quilômetros, 29% concluído

Lote 4

Do quilômetro 199, em Pantano Grande, até o quilômetro 228, em Cachoeira do Sul): 28,7 quilômetros, 70% concluído

  • Do início (quilômetro 199) até o quilômetro 205, duplicação pronta, porém sem sinalização e ainda sem liberação.
  • Do quilômetro 205 até o quilômetro 206, operários na pista, trabalhando.
  • Do quilômetro 207 até o quilômetro 210, a marcação e a escavação para receber a obra já estão feitas.
  • Do quilômetro 210 até o quilômetro 211, trecho duplicado.
  • Do quilômetro 211 até o quilômetro 212, ainda sem nenhuma intervenção.
  • Do quilômetro 212 até o trevo de Pantano Grande, duplicação pronta, ainda sem estar liberada.
  • No trevo de Pantano Grande, construção de viaduto sobre a RSC-471, em andamento. Viaduto de acesso à cidade concluído.
  • Do trevo de Pantano Grande em direção a Cachoeira do Sul, são oito quilômetros de pista duplicada já liberada.
  • No quilômetro 222 há uma interrupção por conta da construção da ponte sobre o Arroio Tabatingaí.
  • Após a ponte até o quilômetro 228, duplicação concluída e já liberada para trânsito.

Ouvidoria

Com relação a possíveis transtornos causados pela execução dos serviços, o DNIT orienta aos usuários e comunidade do entorno que registrem problemas no canal de ouvidoria da obra (51) 9 9775 4492, ou por meio do site. Dessa forma, a autarquia pode gerenciar a questão e mitigar os impactos, fornecendo esclarecimentos e buscando soluções.

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