“Seven – os sete crimes capitais”: um dos clássicos dos anos 1990 está em cartaz até quarta

Em uma viatura policial, o detetive David Mills confronta pela primeira vez o assassino em série John Doe (João Ninguém, em português). O oficial da lei perde a paciência e grita com o homem algemado: afirma que em poucas semanas ele será esquecido. “Você não é um messias! É apenas um filme da semana! No máximo, uma camiseta!”

Porém, o policial (e o público) não estava preparado para o chocante e memorável desfecho do caso. Trinta anos depois, os atos profanos de Doe voltam à tela grande com o relançamento de Seven – Os Sete Crimes Capitais nos cinemas.

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Até quarta-feira, dia 5, o Cine Santa Cruz exibe na telona um dos maiores clássicos da década de 1990, e que mudou a cultura popular com uma pergunta: “O que há na caixa?”. A trama acompanha a investigação de uma série de mortes associadas aos sete pecados: gula, ganância, preguiça, luxúria, orgulho, inveja e ira.

Os assassinatos iniciam dias antes de o experiente detetive William Somerset (Morgan Freeman) se aposentar. Mesmo após pedir para abandonar o caso, ele vê-se obrigado a ajudar seu parceiro, Mills (Brad Pitt), recém transferido para a divisão de homicídios, que se mudou com a esposa.

No decorrer das investigações, o público testemunha a relação conflituosa entre a dupla. Como água e óleo, o contraste entre os dois no trabalho mantém o espectador preso na narrativa. O experiente Somerset tenta ensinar Mills a não se deixar levar pelas emoções. No entanto, à medida que os corpos vão se acumulando, o novato perde o controle, sem saber que está contribuindo para John Doe encerrar sua obra.

No fim, o criminoso entrega o que promete, um ato para ser lembrado. Talvez não para a eternidade, mas ao menos por 30 anos.

Revisionismo, o oitavo sacrilégio

Para o retorno de Seven – Os Sete Crimes Capitais à tela grande, o diretor David Fincher (Zodíaco, Clube da Luta e Mindhunter) trabalhou em uma minuciosa restauração a partir dos negativos originais. Assim, a imagem está mais deslumbrante do que nunca, permitindo que o espectador aprecie na tela grande os detalhes sórdidos dos crimes e os ora belíssimos e ora impactantes cenários dos filmes.

No entanto, o trabalho de Fincher gerou polêmica pelo revisionismo feito no filme. Com o uso de inteligência artificial, ele tenta modernizar o visual, além de tornar a imagem mais nítida, afastando-se um pouco do clima sombrio. E, embora tenha tentado amenizar o uso de IA na restauração, o diretor alega ter aproveitado a oportunidade para consertar alguns erros, com a troca de ambientes e a adição de chuva.

As mudanças, entretanto, dificilmente vão ser percebidas pelo público. Mas cabe perguntar: qual o limite do revisionismo? Qual a necessidade de consertar um filme tão memorável como Seven? Por pouco, David Fincher não causou um desastre digno do provocado por Elías García Martínez ao restaurar o quadro que retrata Jesus Cristo.

Onde assistir

  • Cine Santa Cruz
  • Sala 1 – 21h15 (2D, legendado)

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