No dia 15, companhias assinaram ‘memorando de entendimento’ para fundir operação. Juntas, elas podem concentrar 60% do mercado nacional de aviação civil, segundo especialistas. O presidente da Latam, Jerome Cadier, disse ter “certeza” de que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vai propor “medidas de mitigação” ao analisar a possível fusão entre Azul e Gol.
O Cade é a instituição brasileira responsável por analisar a compra e venda de empresas relevantes, de forma a evitar abuso de poder de mercado –como aumento de preços e barreira à entrada de novas companhias.
“Vimos vários casos de tentativas de combinação de negócios em outros países, de tamanho muito inferior a esse, negadas. Então, temos certeza de que o Cade vai fazer uma análise em profundidade dessa proposta e vai propor medidas de mitigação”, declarou Cadier, em entrevista a jornalistas.
O executivo afirmou que as medidas devem preservar a competição no mercado e que o Cade deve fazer uma avaliação “ponderada” sobre o negócio entre as duas empresas.
“O que a gente não quer é um mercado mais concentrado, com menos opções para os passageiros, preços mais altos e menor crescimento. É isso que temos que evitar”, disse.
A operação entre as companhias aéreas pode colocar 60% do mercado nacional de aviação civil nas mãos de um único grupo e deixar as passagens mais caras, segundo especialistas consultados pelo g1.
Entenda como fusão entre Gol e Azul pode afetar o preço das passagens aéreas
Para o executivo, a concentração de mercado tem que ser analisada “cidade a cidade”. Jerome afirma que em alguns aeroportos Azul e Gol, juntas, chegam a ter 90% do mercado.
Um dos casos de maior concentração é o aeroporto de Congonhas, em São Paulo –um dos mais importantes do país, que faz a conexão com aeroportos nacionais e internacionais.
“É óbvio que é uma tendência de concentração de mercado que tem que ser analisada cidade a cidade. Não adianta a gente também olhar métricas agregadas, falar de 60% é uma coisa, mas quando a gente olha cidade a cidade a gente vê uma concentração que pode chegar a 90%”, declarou.
Cardier afirma que o Cade e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) devem analisar a concentração por aeroporto quando a proposta de fusão das empresas tiver “mais corpo”. O executivo insiste que ainda é cedo para falar em impacto do negócio no mercado brasileiro.
No último dia 15 de janeiro, a Azul e a controladora da Gol, a Abra, anunciaram a celebração de um “memorando de entendimento”, sinalizando que pretendem realizar uma fusão.
Para o negócio ser concluído, falta:
celebrar os acordos definitivos;
obter aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);
concluir o plano de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos.
Brasil tem 25 milhões de passageiros em voos internacionais em 2024
“Vimos vários casos de tentativas de combinação de negócios em outros países, de tamanho muito inferior a esse, negadas. Então, temos certeza de que o Cade vai fazer uma análise em profundidade dessa proposta e vai propor medidas de mitigação”, declarou Cadier, em entrevista a jornalistas.
O executivo afirmou que as medidas devem preservar a competição no mercado e que o Cade deve fazer uma avaliação “ponderada” sobre o negócio entre as duas empresas.
“O que a gente não quer é um mercado mais concentrado, com menos opções para os passageiros, preços mais altos e menor crescimento. É isso que temos que evitar”, disse.
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Para o executivo, a concentração de mercado tem que ser analisada “cidade a cidade”. Jerome afirma que em alguns aeroportos Azul e Gol, juntas, chegam a ter 90% do mercado.
Um dos casos de maior concentração é o aeroporto de Congonhas, em São Paulo –um dos mais importantes do país, que faz a conexão com aeroportos nacionais e internacionais.
“É óbvio que é uma tendência de concentração de mercado que tem que ser analisada cidade a cidade. Não adianta a gente também olhar métricas agregadas, falar de 60% é uma coisa, mas quando a gente olha cidade a cidade a gente vê uma concentração que pode chegar a 90%”, declarou.
Cardier afirma que o Cade e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) devem analisar a concentração por aeroporto quando a proposta de fusão das empresas tiver “mais corpo”. O executivo insiste que ainda é cedo para falar em impacto do negócio no mercado brasileiro.
No último dia 15 de janeiro, a Azul e a controladora da Gol, a Abra, anunciaram a celebração de um “memorando de entendimento”, sinalizando que pretendem realizar uma fusão.
Para o negócio ser concluído, falta:
celebrar os acordos definitivos;
obter aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);
concluir o plano de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos.
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