Bolha de calor com até 42ºc se expande e trará tardes escaldantes

A MetSul Meteorologia alerta que uma bolha de calor vai se instalar e ganhar força nesta semana no Centro e no Norte da Argentina com temperatura muito alta no território argentino e ainda no Uruguai, Paraguai e em estados do Sul do Brasil, Mato Grosso do Sul e áreas mais a Oeste do interior de São Paulo.

SIGA A ALIANÇA FM NAS REDES SOCIAIS:

  • CLIQUE AQUI PARA SEGUIR NO INSTAGRAM
  • FAÇA PARTE DA COMUNIDADE DE NOTÍCIAS NO WHATASAPP
  • CURTA A PÁGINA DA RÁDIO NO FACEBOOK

O Oeste da Região Sul e o Mato Grosso do Sul, aliás, já têm sofrido com tempo seco e muito alta temperatura há vários dias, o que está afetando as lavouras. As máximas em algumas cidades têm variado entre 37ºC e 40ºC. Ontem, sábado, por exemplo, a maior temperatura no Mato Grosso do Sul foi de 38,9ºC em Porto Murtinho enquanto no Rio Grande do Sul e no Paraná várias localidades foram a valores ao redor ou acima de 35ºC. Na sexta-feira, o calor foi ainda mais intenso com máxima no Mato Grosso do Sul de 41,8ºC em Porto Murtinho enquanto no Sul do Brasil os termômetros indicaram na rede oficial do Instituto Nacional de Meteorologia máximas de 36,7ºC em Quaraí (RS) e de 36ºC em Marechal Cândido Rondon (PR).

Na quinta-feira, a temperatura máxima no Mato Grosso do Sul foi a 41,2ºC, também na cidade de Porto Murtinho ao passo que no Sul do Brasil as estações oficiais apontaram 36,6ºC em Santiago (RS) e 36ºC em Foz do Iguaçu (PR). O que vai ocorrer agora é a ampliação desta massa de ar quente com uma bolha de calor tomando conta de grande parte das latitudes médias da América do Sul com máximas muitos elevadas que devem ficar entre 35ºC e 40ºC em maior número de cidades no decorrer da semana. Inicialmente, no começo desta semana, o calor no Rio Grande do Sul será mais intenso em cidades do Oeste do estado, assim como vem ocorrendo há dias. O mesmo ocorre no Oeste do Paraná e no Mato Grosso do Sul. Mais ao Leste, na área de Porto Alegre e na costa, a temperatura não chega a ser muito alta neste começo de semana com marcas ao redor de 30ºC apenas na Grande Porto Alegre nesta segunda-feira, o que é o normal para janeiro. De terça-feira em diante, entretanto, a temperatura começa a escalar gradualmente no Rio Grande do Sul e a cada tarde as máximas tendem a ser elevadas e se espera que na segunda metade da semana ocorra o pico de intensidade do calor. Quinta e sexta devem ser dias de calor excessivo no Rio Grande do Sul com marcas ao redor e acima de 35ºC em grande número de municípios. A temperatura pode atingir marcas de 36ºC a 38ºC em vários pontos da área metropolitana de Porto Alegre, mas isoladamente nos vales haverá marcas mais altas.

O Oeste gaúcho deve ser fortemente impactado pelo calor com várias tardes em que as máximas devem passar dos 35ºC e máximas próximas ou ao redor de 40ºC na região entre Quaraí e Uruguaiana no pico do calor da segunda metade da semana. CALOR TRARÁ RISCO DE TEMPORAIS A MetSul Meteorologia alerta que o calor forte a intenso deverá criar condições que são propícias a temporais isolados com chuva forte, vendavais e granizo, especialmente na segunda metade da semana, notadamente a partir da quinta-feira. Será uma situação parecida com o que se viu na virada do ano, com o calor formando células isoladas de tempestades que isoladamente provocam temporais, alguns fortes e com danos. Não se trata de situação de tempo severo generalizada. Estes temporais se dão principalmente da tarde para a noite, quando se formam nuvens de grande desenvolvimento vertical pelo aquecimento diurno que gera movimentos convectivos (ar ascendente) na atmosfera. A convecção forma nuvens do tipo Torre Cumulus (TCu) e Cumulonimbus (Cb) que causam os temporais localizados e não raro muitíssimo isolados.

Localmente, alguns destes temporais podem ser fortes a severos mesmo com risco de danos. Quanto mais quente e atmosfera e menor a pressão atmosférica, maior é o potencial para haja a formação de nuvens muito carregadas e mais alta a probabilidade de temporais localizados de maior severidade. O QUE É UMA BOLHA DE CALOR Uma bolha de calor, que se denomina também de domo ou cúpula de calor (em Inglês é chamada de heat dome) ocorre com áreas de alta pressão que atuam como cúpulas de calor, e têm ar descendente (subsidência). Isso comprime o ar no solo e através da compressão aquece a coluna de ar. Em suma, uma cúpula de calor é criada quando uma área de alta pressão permanece sobre a mesma área por dias ou até semanas, prendendo ar muito quente por baixo assim como uma tampa em uma panela. Esta bolha de calor de agora vai estar com seu centro entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil. É, assim, um processo físico na atmosfera. As massas de ar quente se expandem verticalmente na atmosfera, criando uma cúpula de alta pressão que desvia os sistemas meteorológicos – como frentes frias – ao seu redor. À medida que o sistema de alta pressão se instala em determinada região, o ar abaixo aquece a atmosfera e dissipa a cobertura de nuvens. O alto ângulo do sol de verão combinado com o céu claro ou de poucas nuvens aquece ainda mais o solo.

Evidências de estudos sugerem que a mudança climática está aumentando a frequência de cúpulas de calor intensas, bombeando-as para mais alto na atmosfera, algo não muito diferente de adicionar mais ar quente a um balão de ar já aquecido. Por isso, vários estudos apontam aumento da intensidade, duração e frequência de ondas de calor no Brasil e ao redor do mundo.

Metsul.com

Adicionar aos favoritos o Link permanente.